São Paulo deve continuar o combate à Dengue

Em 2004, São Paulo conseguiu reduzir em 98,7% o número de casos de dengue originários na cidade, em comparação com o ano de 2003. Em 2003, dos 1503 casos registrados, 760 foram autóctones, ou seja, de pessoas infectadas pelo mosquito na própria cidade, contra 743 de pessoas que se infectaram em outras localidades.

Em 2004, foram verificados 10 casos de pessoas infectadas na cidade, contra 82 casos de pessoas que foram infectadas fora de São Paulo. A grande diminuição dos casos autóctones deve-se à atuação conjunta do Poder Público e da população, no combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti. Esse trabalho deve continuar neste ano, principalmente no verão, quando as chuvas e as altas temperaturas favorecem a proliferação do mosquito da dengue. Além disso, nos meses de verão intensificam-se as viagens para municípios que apresentam alto grau de infestação e que podem contribuir para aumentar o número de casos de dengue importados. No ano passado, das 82 pessoas que pegaram dengue fora do município, 19 foram infectadas em Caraguatatuba, Guarujá, Santos, São Vicente e Potin, e 17 pessoas em municípios da Bahia e 13 pessoas em Minas Gerais.

Apesar do número de casos ter diminuído significativamente de 2003 para 2004, São Paulo continua em alerta, pois 78% dos distritos estão infestados pelo mosquito transmissor. O objetivo a ser alcançado é manter os níveis de infestação os mais baixos possíveis, impedindo a transmissão na região, bem como o surgimento de casos de dengue hemorrágica.

No município, o mosquito tem se proliferado principalmente em vasos de plantas e em materiais inservíveis, como garrafas, pneus velhos, tampas, cascas de ovo, latas e sacos plásticos. Por isso, é época de intensificar os cuidados, lavando e colocando areia nos pratos dos vasos, recolhendo-se os materiais jogados nos quintais e terrenos, acondicionando-os em sacos de lixo, fechados, guardando garrafas limpas e viradas para não armazenar água, mantendo-se uma vez por semana com água e sabão, mantendo caixas de água, cisternas e poços bem fechados, enfim, eliminando recipientes que possam acumular água e permitir a sobrevivência das larvas do mosquito.