PREFEITURA DE SÃO PAULO

Comer fora de casa requer atenção redobrada quanto à higiene, quantidade e qualidade dos alimentos

07/03/2005 16h21

A necessidade de milhares de trabalhadores – e também estudantes - de se alimentar fora de casa por conta da vida moderna, faz engordar a lista de opções de restaurantes, especialmente os chamados self-service por quilo, uma opção barata, que oferece variedade, permitindo que o cliente escolha os alimentos de sua preferência. Mas aí começa outro problema na alimentação do brasileiro: a escolha certa do alimento de acordo com a quantidade de calorias que são queimadas durante o trabalho e também a combinação correta dos alimentos para que os nutrientes e as vitaminas mínimas necessárias sejam ingeridas. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (ABIA) de 2002, existem entre 700 mil e um milhão de estabelecimentos produzindo refeições no Brasil, e estima-se que cerca de 20% dos brasileiros comem fora com freqüência, e este percentual aumenta para 25% nas grandes metrópoles. No Brasil, os restaurantes somam um total de 220 mil, dos quais 90% servem comidas simples. Apesar do volume, raros são os que orientam os clientes com algum tipo de informação acessível sobre as calorias e a composição das preparações.

Segundo a nutricionista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, Sheila Castro Vieira, os restaurantes self-service são boas opções para quem se alimenta fora de casa. Mas é importante atentar-se para alguns detalhes na escolha do estabelecimento, como quanto ao seu funcionamento, independente do local, seja ele restaurante, lanchonete ou uma cantina, é necessário verificar a higiene do ambiente, a aparência das preparações, se as saladas estão em mesas refrigeradas e os pratos quentes em balcões térmicos ou richeaud. Funcionários sem uniforme e sem redes para cabelo, produtos de limpeza próximos aos alimentos também podem dizer algo sobre o local escolhido.

Para uma refeição equilibrada, recomenda-se que a pessoa escolha por lugares que possuam alternativas saudáveis, dando preferência a pratos menos gordurosos e pouco calóricos. A dica é não se empolgar com a variedade e não pegar um pouco de cada opção como arroz, feijão e macarrão, pois o prato pode tornar-se calórico e a combinação não adequada pode reduzir a biodisponibilidade dos nutrientes ao organismo.

Apesar da correria é importante comer devagar mastigando bem os alimentos. Se a única opção for uma refeição rápida  em uma lanchonete e cafeteria, a dica é dar preferência aos alimentos assados e limitar-se a pequenas quantidades. A ingestão de suco de laranja após a refeição aumenta a biodisponibilidade do ferro no organismo.

Segundo a nutricionista, essas dicas não são para emagrecer e sim para garantir que, mesmo fora de casa, seja possível manter hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados.


Fonte: Beneficência Portuguesa de Santo André