Pesquisa brasileira com própole evidencia resultado positivo no tratamento de nove diferentes tipos de câncer

O pesquisador José Agustin Quincoces Suárez, da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), desenvolve, com evidencias de resultados positivos, um projeto de tratamento de câncer, a partir de própole, substância resinosa coletada pelas abelhas em várias plantas e usadas, juntamente com a cera, para, entre outras ações, envernizar e reparar fendas, no interior das colméias, durante a produção de mel.

Cubano, Quinconces faz sua pesquisa desde 1999. Depois de ter trabalhado mais de cinco anos no desenvolvimento do processo de sintetização da substância, contando com a ajuda de alunos do curso de Biomédicas da Uniban e de pesquisadores da Espanha e da Alemanha, o professor Quincoces submeteu duas das 46 substâncias sintetizadas a testes nos laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Butantã, tendo concluído que as moléculas desenvolvidas têm enorme potencial.

Embora ressalvando que a efetiva utilização desses princípios ativos em doentes ainda depende de testes minuciosos, que podem demorar meses ou alguns anos, o pesquisador mostra-se entusiasmado com os resultados obtidos até agora.

O professor da Uniban afirma que os testes já realizados com as moléculas mostraram que elas são capazes de tratar nove diferentes tipos de câncer: os que aparecem no pulmão, na mama, nos tumores de mama resistentes a múltiplas drogas, melanoma, leucemia, cólon, rins, ovário e próstata. “E apresentaram resultados positivos também contra a malária, a leishmaniose e outras doenças”, explica.