Inverno requer mais cuidado com as doenças circulatórias

Com a chegada do frio, além das doenças respiratórias, outro tipo de problema preocupa a todos: as doenças circulatórias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 22% de todas as mortes têm como causa os problemas circulatórios. O número de infartos do miocárdio, acidentes vasculares, cerebrais e doenças de circulação periférica tornam-se mais comuns com a chegada do inverno.

As doenças circulatórias ocorrem devido a contração ou vasoconstipação das artérias periféricas, o que aumenta a resistência da circulação normal. Portanto, pessoas sensíveis a estas questões devem se cuidar mais no inverno e evitar a exposição a baixas temperaturas.

Outra doença comum no frio é a Doença de Raynaud (pronuncia-se reina). Trata-se de crises que atingem as extremidades do nosso corpo - mãos, pés, nariz -, geralmente precipitadas com o contato com o frio (água fria por exemplo), caracterizando-se por alterações da cor, que começam com palidez, vão para a cor violeta e terminam com vermelhidão.

"Existe uma relação bem nítida deste quadro clínico com algumas doenças como a escleroderma, Lupus, tabagismo e artrites. A recomendação é para que as pessoas com esse tipo de problema se protejam do frio, jamais fumem e tenham um acompanhamento constante com o  cirurgião vascular, pois, às vezes, a evolução dos sintomas se agrava, provocando a gangrena das pontas dos dedos", alerta Dr. José João Lopes, cirurgião vascular e angiologista.

O Dr. José João enfatiza que os cuidados preventivos referem-se, principalmente,  a alimentação e exercícios físicos. Peixes de água fria, como o salmão, ricos em Omega 3 - excelente para a circulação -, podem fazer parte de uma dieta que inclui alimentos frescos, mais leves e sem gordura como sopas de legumes e caldos. Entre os exercícios periódicos mais indicados para essa estação estão a caminhada ou a corrida.