Com a chegada do frio, é hora de cuidar da pele

Para acabar com as indesejáveis manchas de micose, novo medicamento cura até 94% dos casos em duas semanas

O aparecimento de manchas claras na pele pode ser sintoma de micose.
Vulgarmente conhecida como "micose de praia", a Pitiriase versicolor é uma micose que, ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina. O fungo causador da doença habita normalmente a pele, mas, em condições favoráveis, como umidade e calor, é capaz de se multiplicar excessivamente e, à exposição solar, originam-se as manchas. Para o tratamento dessa e outras micoses, que podem causar constrangimento às pessoas infectadas, a Libbs Farmacêutica está lançando o antimicótico Mycospor (bifonazol), produzido pela Bayer Health Care. Para a micose de praia, por exemplo, o uso do medicamento cura até 94% dos casos em duas semanas, segundo estudo publicado na revista Advances in Therapy (Goffe BS).

A Dra. Flavia Addor, médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e sócia fundadora da Medcin - Instituto da Pele explica que "quando uma pessoa com a micose de praia se expõe ao sol, a pele contaminada não se bronzeia. No caso da P. versicolor, o fungo leva a anormalidades da síntese de melanina, produzindo manchas claras". Segundo ela, as áreas da pele mais oleosas, como a face e a porção superior do tronco são as mais freqüentemente atingidas. "As lesões são recobertas por fina descamação e, em alguns casos, as manchas podem ser castanhas ou avermelhadas", completa. 

Ao perceber o aparecimento dos sintomas, segundo a Dra. Cecília M. R. Machado, médica supervisora do Depto. de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e da Machado e Rivitti Dermatologia, o ideal é procurar um médico dermatologista, que está apto para indicar o tratamento mais adequado. "Podólogos, manicures e profissionais da estética não possuem habilitação para indicar esse tipo de tratamento", afirma a médica. Além disso, a Dra. Cecília alerta que "a auto-medicação pode ser uma saída perigosa, pois, usando uma medicação inadequada, a micose pode se agravar e, mais do que isso, a pessoa pode sofrer com os possíveis efeitos colaterais de uma medicação inadequada, ficar com o ônus financeiro do custo do tratamento e sem os benefícios de um produto utilizado da forma e período corretos".

A micose de praia responde bem ao tratamento, que pode ser feito com medicamentos de uso via oral ou local, dependendo do grau de comprometimento da pele. Entretanto, por ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, há uma grande chance de a micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido. "Na maioria das vezes é utilizada medicação tópica, que deve ser mantida pelo tempo recomendado pelo dermatologista, usualmente de três a quatro semanas. Os sintomas costumam desaparecer nos primeiros dias de aplicação, mas o tratamento deve ser mantido para evitar recidivas", afirma a Dra. Cecília. Outras dicas: deve-se usar roupas arejadas e de fibras naturais, como o algodão; tomar duchas refrescantes durante a permanência na praia; evitar a sudorese intensa e também evitar ficar com roupas molhadas por muito tempo.

O antimicótico Mycospor (bifonazol), recentemente lançado pela Libbs Farmacêutica e produzido pela Bayer Health Care, pode ser uma alternativa segura para o tratamento da micose de praia. Indicado para o tratamento dos vários tipos de micoses da pele (entre elas, a micose de praia), o medicamento resiste à água, pode ser aplicado apenas uma vez ao dia e por um período mais curto que a maioria dos tratamentos convencionais. Mycospor apresenta um mecanismo de ação seletivo para o fungo, pois ataca a membrana do microorganismo em dois pontos. Sua eficácia é comprovada por vários estudos clínicos internacionais, para quase todos os tipos de micoses, já que possui amplo espectro antifúngico (ação contra dermatófitos, leveduras e fungos multicelulares). Disponível em duas apresentações, creme e spray.

Fontes:
- Dra. Flavia Addor, médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e sócia fundadora da Medcin - Instituto da Pele.
- Dra. Cecília M. R. Machado, médica supervisora do Depto. de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e da Machado e Rivitti Dermatologia.