PREFEITURA DE SÃO PAULO

Saúde em Movimento visita imóveis na zona Norte em ação contra a dengue

Em quatro dias, mais de 12.500 casas foram visitadas na região. Antes de visitar as casas, Padilha conversou com os agentes que estavam reunidos na UBS Jardim Paulistano

18/11/2015 10h17

Em mais uma ação do Saúde em Movimento, o secretário Municipal da Saúde, visitou no sábado (14/11), junto com o coordenador da Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN)  e dos agentes de zoonoses e agentes comunitários de Saúde, casas do Jardim Paulistano, periferia da zona Norte, que tiveram algum caso de suspeita de dengue notificado, assim como, imóveis de pessoas que foram infectadas.

O objetivo é identificar se houve mudança de hábito, orientar quanto aos perigos da doença e da manutenção de criadouros. De 9 a 13 de novembro, foram visitadas 12.628 na CRS Norte, sendo 4.305 na Supervisão de Vigilância em Saúde (Suvis) Freguesia do Ó/Brasilândia.

Antes de visitar as casas, o secretário conversou com os agentes que estavam reunidos na UBS Jardim Paulistano

Eles explicaram um pouco sobre a rotina, as dificuldades encontradas durante as visitas, as recusas, os casos mais comuns e persistentes de criadouros. Os profissionais chegaram à conclusão de que é necessário agir ainda mais, pois mesmo depois de a região ter registrado muitos casos, os moradores ainda estão muito resistentes e insistem em hábitos prejudiciais.

Criadouros ocultos

'Bebedouro do cachorro ou do gato continua sendo um problema', disse o secretário. Vasilha deve ser lavada com bucha a fim de eliminar os ovos

O secretário sobre a importância dessas visitas em todas as regiões do município, principalmente, nas mais afetadas no último verão, como é o caso da região da Brasilândia. “Essa é uma área de altíssima concentração da nossa ação. Visitamos casas que já tiveram casos de dengue. As pessoas até melhoraram o cuidado, não têm mais os pratinhos das plantas, mas o bebedouro do cachorro ou do gato continua sendo um problema. A pessoa troca todo o dia a água e acha que isso é suficiente, mas não é. A vasilha tem que ser lavada. Tem que esfregar a bucha nas laterais para tirar os ovos que ficam no local”, disse.

Mudança de comportamento

Para o coordenador da CRS Norte, essa ação é importante e visa verificar se houve mudança de comportamento dos moradores. “Já que a pessoa teve a dengue, espera-se que seja mais uma aliada no combate à doença. Com as visitas, a gente também faz com que a população desperte para a gravidade da situação. O indivíduo começa a se prevenir e passa a envolver outras pessoas e, assim, formamos um grande grupo para combater o Aedes Aegypti, mosquito que transmite outras doenças além da dengue, como Chicungunya e a febre Zika”, explicou o coordenador.

Agente de zoonoses encontrou larvas no bebedouro do cachorro durante visitas realizadas na manhã de sábado (14/11)

‘Nosso trabalho é bater na mesma tecla até conseguir’

De acordo com o agente de zoonoses, Eliseu Nivaldo Dias, apesar de todo o processo de conscientização, ainda são encontrados muitos criadouros durante as visitas. Os principais são os materiais inservíveis, como garrafas e pneus. “A pessoa sempre acha que vai precisar desse tipo de material e deixa lá, armazena de maneira incorreta, não deixa em local protegido de chuva. A gente sempre pede para que dispensem, mas, em outras visitas identificamos que o número de inservíveis sempre aumenta. São raras as casas que a gente visita e a pessoa apresenta, realmente, mudança de hábito. Mas é assim, nosso trabalho é bater na mesma tecla até conseguir”, comentou Dias.

Da Secretaria de Saúde

Por Keyla Santos 
Fotos: Edson Hatakeyama