Conheça algumas metas do novo subprefeito de Pinheiros, João Grande

Aumento da fiscalização e melhora da zeladoria estão entre os objetivos

           O novo subprefeito de Pinheiros, João Grande, tem várias metas estebelecidas para sua gestão, que começou no dia 17 de janeiro. Ele falou sobre alguns dos seus objetivos para um jornal da região. Confira:

Quais são as expectativas ao assumir o cargo?

Será um grande desafio administrar uma região com cerca de 300 mil habitantes e 30 quilômetros de metros quadrados. Mas tenho certeza que poderei deixar um bom legado da nossa gestão, com melhorias significativas para os bairros administrados pela Subprefeitura de Pinheiros. Entre minhas metas está, por exemplo, reduzir a burocracia nos procedimentos administrativos e agilizar a outorga de autorizações para que os empreendedores possam desenvolver suas atividades. Outro objetivo é aumentar a parceria com a iniciativa privada em todas as áreas que possam ser de interesse comum com a sociedade civil.
No caso da zeladoria, a orientação do Prefeito Bruno Covas é no sentido de promover um avanço e melhoria significativa em todos os bairros da cidade, além da fiscalização. Para tanto, faremos, inicialmente, o mapeamento das principais avenidas da região e realizaremos uma grande ação nesses locais o mais breve possível, especialmente, em relação à poda de árvores, limpeza e operação tapa buracos. Claro que as demais localidades continuarão a ser atendidas, mas com destaque para os locais com maior fluxo. Em seguida, partiremos para as adjacências e logradouros menores dos bairros.

Quais são as credenciais e experiências que lhe habilitam a conduzir a região?

Sou advogado e venho da iniciativa privada, porém com passagem de um ano meio pelo legislativo municipal, onde pude conhecer um pouco do funcionalismo público. Estou certo que a experiência que trago da minha vivência na iniciativa privada irá contribuir para agilizar o andamento de ações no setor público. Esse é o diferencial que pretendo imprimir na nossa gestão. Implementar práticas de governança corporativa, incentivar os micro e pequenos empreendedores, realizar palestrar técnicas para comerciantes, empresários e população em geral, além outros procedimentos desenvolvidos na iniciativa privada.
Acredito, também, que minha passagem pelo Legislativo municipal foi de extrema importância considerando que há muitos temas em comum com o Executivo. A vivência me permitiu encontrar soluções que, certamente, serão úteis para minha gestão à frente da Subprefeitura.

O que pretende fazer para melhorar a região?


Uma das medidas será manter todos os projetos e ações que estão dando certo na Subprefeitura de Pinheiros. É importante, no Poder Público, esse processo de continuidade do que se revela bem sucedido. Em segundo lugar, trazer novos projetos e inovações, sempre que possível, em conjunto com a iniciativa privada. Já tenho algumas ideias para colocar em prática. Uma delas tem por objetivo melhorar com a zeladoria da região do ponto de vista da limpeza e coleta seletiva de resíduos. Estamos amadurecendo esse projeto e, em breve, pretendemos colocar em pratica.


Como será o trabalho para o Carnaval deste ano?


O Carnaval de São Paulo é outro grande desafio. Há alguns anos, o paulistano deixava São Paulo para passar o feriado fora, no litoral, interior dentre outros locais. Atualmente, além de permanecerem na cidade, inúmeras pessoas vem de fora desfrutar o carnaval na Capital, que já é uma referência e, salvo engano, o maior carnaval do Brasil. Esse é um fenômeno inevitável e a tendência é que o evento aumente ainda mais nos próximos anos. Não podemos esquecer que o Carnaval de São Paulo é uma grande festa, que movimenta a economia da cidade, traz riqueza para a nossa região. Ela atrai investimentos, gera emprego e renda, aumenta o recolhimento de tributos e aquece o mercado local. O nosso trabalho será no sentido de minimizar ao máximo os impactos negativos gerados aos diversos setores envolvidos, conciliando os interesses dos moradores, foliões, organizadores de blocos, ambulantes, comerciantes e todos demais envolvidos. O nosso objetivo será equalizar, equilibrar todas essas demandas e promover ao máximo possível a redução dos problemas reflexos que afetam a cidade.
Temos trabalhados com os representantes dos blocos no sentido de garantir que as regras estabelecidas para o Carnaval 2019 sejam cumpridas. Lembramos que foi feito um chamamento e os blocos tiveram prazo para se inscrever. A prefeitura se estruturou para atender a demanda formalizada. Sabemos que existem gritos de carnaval, ensaios, pré-carnaval e uma série de outros eventos que, embora não tenham autorização da prefeitura, poderão ocorrer mesmo assim. Nós vamos inibir e coibir essas festas mediante fiscalização ostensiva e punição dos responsáveis. Sabemos que não é fácil controlar essas ações, principalmente, por causa da rapidez que as redes sociais atuam para mobilizar a sociedade. Em algumas horas, é possível mobilizar milhares de pessoas. Há um serviço de inteligência monitorando essas atividades, mas muitas vezes não há tempo hábil para impedi-las. De qualquer forma, estamos trabalhando ostensivamente para que essas festas que não estejam no calendário oficial não aconteçam.
No último fim de semana, por exemplo, tivemos um bloco de Carnaval na rua Cunha Gago. Posteriormente, foi constatado que não havia autorização para a realização do evento. Foi lavrada multa de R$6.195,15 para o dono do imóvel, um estacionamento, nos termos da lei. Pretendemos manter essa linha de atuação.
Também queremos firmar contrapartidas com os organizadores de blocos para reduzir os impactos em geral. Na zeladoria, por exemplo, se um gramado for destruído por um bloco, queremos que eles se comprometam a recompor a área como estava antes.

Prefeitura está estruturada e preparada para trabalhar. Quem não estiver legalizado e insistir, será punido!
Além de contar com o canal oficial da Prefeitura, o Serviço SP156, haverá um ou mais Centros de Apoio aos foliões e aos cidadãos. Ficarão reunidos os órgãos que fazem parte da estrutura do Carnaval, como s Subprefeitura, CET, polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e outros, ou seja, o trabalho será multidisciplinar e envolverá uma série de órgãos públicos.
Também deveremos contar com câmeras da PM, que farão o monitoramento dos desfiles. Haverá o acompanhamento em tempo real do que está ocorrendo nas principais aglomerações, especialmente em relação à crimes, como roubo, furto e qualquer tipo confusão.
Estamos empenhados em garantir que o Carnaval na cidade seja é o mais alegre e traquilo possível.

Comerciantes alegam um exagero no número de desfiles na região, que estaria prejudicando o comércio. Há como equacionar isso?


Como mencionado anteriormente, será um desafio equilibrar os diversos interesses envolvidos na festa. Todos nós estamos aprendendo. O Carnaval de rua de São Paulo é um fenômeno recente e que aumenta a cada ano. Em 2018, por exemplo, tivemos o Carnaval na Avenida 23 de maio, que não será realizado este ano, pois foi uma experiência que não deu certo. Temos ouvido todos os participantes desse processo, como a sociedade civil, os blocos, os comerciantes e o Ministério Público, inclusive. Foram feitas audiências públicas no sentido de diminuir, cada vez mais, os efeitos dos eventos. Estamos ouvindo comerciantes, que têm enfrentado dificuldades, mas estamos buscamos, em conjunto, novas soluções que atendam a todos interessados.

A Rua dos Pinheiros está com o projeto Caminhar. Há reclamações sobre a piora no trânsito local e que beneficia apenas alguns comerciantes. Quais são os planos para o projeto?


Trata-se de um projeto piloto que, desde o início, se pretendia verificar a eficácia. Há reclamações, mas existe também muitos elogios para a iniciativa. Assumimos a gestão há pouco, com o projeto já implantado, e estamos estudando a viabilidade da continuidade ou não. Essa semana, realizamos audiência pública sobre o Caminhar, onde puderemos ouvir as críticas, os elogios e as sugestões. Próximo passo será avaliar tudo o que for apresentado para tomarmos as decisões com o embasamento necessário.

Este ano, o orçamento das subprefeituras foi reduzido. Quais são as áreas que sofrerão cortes?


De fato, houve o anúncio da redução. Porém, sabemos que haverá um incremento desse orçamento. Certamente, virão mais recursos para a Subprefeitura de Pinheiros. Parte dos valores virá com destinação determinada, o que não nos permite outra utilização. Onde houver flexibilidade e autonomia da Subprefeitura, faremos estudos internos para identificar as principais demandas da região e posterior direcionamento da verba.

Os trabalhos de zeladoria também andam gerando críticas. Como amenizar o problema?

Esse é o nosso principal desafio: melhorar ainda mais a zeladoria na nossa região. Esse é um pedido especial do prefeito Bruno Covas. Será um dos focos da nossa gestão, junto com o aumento da fiscalização. Vamos alocar mais recursos para zeladoria, atuar de forma mais ostensiva em relação ao trabalho realizado pelas empresas terceirizadas, reavaliar contratos e se estabelecer metas a serem cumpridas. Como já disse, começaremos pelas principais avenidas, seguindo para as adjacências, sem prejuízo, claro, para o bairro.

Eventos, como o Festival Pinheiros, continuarão a serem produzidos?

Sem dúvida que continuarão. Mais uma vez, tudo que está dando certo, vamos optar pela continuidade. Independentemente do autor, o que é para o bem comum da sociedade, permanecerá. Trata-se de um festival tradicional da região e que será mantido. A nossa proposta é ampliar outros projetos. Todas as sugestões serão bem-vindas, estamos de portas abertas para todos os munícipes da região. Logo depois do Carnaval, pretendemos ouvir mais os moradores da nossa região, as demandas e sugestões. Tudo será avaliado e poderá ser colocado em prática.

As calçadas de Pinheiros, especialmente na região da Vila Madalena, são muito irregulares e tomadas como extensão por bares. Há algum planejamento para aumentar a fiscalização?

Recentemente, o prefeito baixou um decreto sobre a nova regularização das calçadas. A Lei foi simplificada e os critérios estão mais objetivos. Cerca de 11% das calçadas são de responsabilidade do município, as demais são da iniciativa privada e dos munícipes. Ficou determinado que o padrão de calçada na cidade é o mesmo da avenida Paulista. Além disso, a Prefeitura quer assumir os locais onde há um grande fluxo de pedestres e contribuir para a manutenção dessas calçadas.
Quanto à fiscalização, ela existe e vem sendo feita, por ora, de forma pedagógica. Não pretendemos emitir autos de infração antes que a Prefeitura faça sua lição de casa. Precisamos dar o exemplo. Não podemos cobrar do cidadão se a administração pública ainda não arrumou o que lhe compete. Isso começará a ser feito em breve. Em seguida, continuaremos com a fiscalização com cunho pedagógico e, por fim, passaremos a aplicar as punições.

A região também sofre bastante com a questão do barulho. Haverá uma intensificação de fiscalização através dos agentes da Subprefeitura?

Vamos intensificar a fiscalização junto aos bares, em todos os aspectos. Os estabelecimentos que não cumprirem a Lei do Silêncio e ocuparem a rua ilegalmente, por exemplo, serão punidos. E isso se estende aos ambulantes também. Há casos em que os bares fecham no horário determinado, mas o comércio continua com ambulantes irregulares. Vamos acentuar sim esse trabalho, que será outra prioridade da nossa gestão.