Praça Judith Kardos Klotzel é inaugurada, nos Jardins

A cerimônia contou com a presença do prefeito Bruno Covas e do subprefeito João Grande

Praça Judith Kardos Klotzel é inaugurada, nos Jardins

A cerimônia contou com a presença do prefeito Bruno Covas e do subprefeito João Grande

A Prefeitura de São Paulo inaugurou, neste domingo (16.06), a Praça Judith Kardos Klotzel, entre Rua Bélgica e Rua Rússia, no bairro dos Jardins. A cerimônia teve participação do Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do subprefeito de Pinheiros, João Grande, do vereador Mario Covas Neto, do vereador Gilberto Nalini, da família da homenageada, e outras autoridades e convidados.

A criação da praça é uma homenagem à professora Judith Kardos Klotzel, prestada pelos vereadores Mario Covas Neto e Gilberto Natalini. Em seu discurso, o prefeito ressaltou a importância da homenageada, pois "cuidou da saúde das pessoas e da saúde da democracia"

 

Com a promulgação da lei 16.878, o local passou a ser determinado como praça e passou por uma readequação. A área possui 200 metros quadrados e tem árvores, arbustos e vegetação rasteira. Foram retirados os passeios danificados e feita a reconstrução, a poda das vegetações existentes, plantio de novas espécies e manutenção e conservação, além de pintura.

Todo o trabalho foi realizado pelas equipes já contratadas pela Subprefeitura de Pinheiros. Com isso, não houve gastos extras.

A região de Pinheiros possui 204 praças, 18 delas foram requalificadas desde 2017. Há 152 Termos de Cooperação vigentes, entre praças, canteiros, escadaria e demais equipamentos.

Quem foi Judith Kardos Klotzel

Falecida em 30/11/15, a professora Judith Kardos Klotzel, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), foi a primeira mulher a presidir a Adusp (1985-1987). Judith notabilizou-se por sua intensa militância sindical, antes mesmo de assumir a presidência da entidade.

Envolveu-se na luta pela anistia, durante a Ditadura Militar, tendo participado do Comitê Brasileiro de Anistia (CBA) como representante da Adusp, desde sua formação.

Na visão de Judith, o exercício da política era um atributo da cidadania, digno de orgulho. “Participei ativamente de quase todas as atividades do CBA São Paulo”, declarou ela em depoimento à Fundação Perseu Abramo (FPA) em 2006. “Os anos de luta pela anistia, assim como as atividades posteriores, recepção de anistiados em aeroportos, conquista de anistia para os cassados e presos políticos, apoio à greve dos metalúrgicos do ABC etc., constituíram durante vários anos a minha atividade prioritária, quando fre¬quen¬temente descuidava das atribuições como professora da USP, sendo advertida pelos meus colegas que eu estaria me prejudicando profissionalmente”.

A professora considerava sua participação na luta pela Anistia como “a parte mais significativa” de sua vida, excetuando-se a família, e “a contribuição mais importante” para a sociedade em geral. “Esta atividade significa mais do que os aproximadamente 50 trabalhos científicos que publiquei em revistas nacionais e estrangeiras, as mais de 12 teses de mestrado e doutorado orientadas”, registrou no seu depoimento à FPA. “A luta pela anistia fez com que eu crescesse e amadurecesse política e pessoalmente”.