SP ganha motolinks e caminhões-bomba italianos para prevenção contra enchentes

Novos equipamentos ampliam o sistema de monitoramento

 A Prefeitura de São Paulo apresenta nesta segunda-feira, 31 de outubro, às 9h, a concretização de três projetos para prevenir problemas e enfrentar com mais agilidade o período de chuvas. A partir de agora, a cidade passa a contar com sistema de monitoramento com motolinks, caminhões-bomba italianos com potência elevada e bombas de água móveis, todos equipamentos para atendimento às 31 Subprefeituras.

O sistema de motolinks será a mais nova ferramenta para atuação da Central de Zeladoria da cidade, inaugurada pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras no ano passado. Nela, todos os piscinões municipais são monitorados, 24 horas por dia, e situações são identificadas para todas as Subprefeituras. “Agora, com três motocicletas com câmeras e transmissão online de vídeo para a Central, o trabalho será muito mais ágil, com abrangência bem maior”, afirma o secretário de Coordenação das Subprefeituras que estará no evento desta segunda-feira.

Com as câmeras nas motos, o acionamento das equipes das Subprefeituras será acelerado, desobstruindo vias e orientando a população. As motos irão circular a cidade 24 horas por dia. “A equipe da Central de Zeladoria irá acionar os motolinks sempre que necessário, por toda a cidade, a qualquer momento. A qualquer necessidade, a Central alertará a respectiva Subprefeitura. Será uma ferramenta importante para uma cidade do tamanho de São Paulo, pois oferecerá resultados online para qualquer tomada de decisão”, diz Camargo.

Outra novidade é a utilização de Caminhões Recicladores italianos. Até dezembro serão seis unidades para São Paulo. Estão entre os mais potentes do mundo, com sistema hidrojato-sugador que permite a reutilização da água retirada de bueiros e bocas de lobo (água não potável), além de mangueiras secundárias. Cada caminhão tem, inclusive, uma câmera, que permite avaliar imediatamente o que está entupindo o local – a câmera pode, por exemplo, ser colocada dentro de um bueiro, galeria ou ramal, para análise do material que impede o fluxo da água.

O sistema de reciclagem de água permitirá maior autonomia para limpeza do sistema de microdrenagem. A água retirada do local será reutilizada em jato para a limpeza. Para limpar um bueiro com caminhão normal, utilizado em todo o Brasil, utiliza-se cerca de 90m³ de água – já o caminhão italiano gasta 5m³.

“’Normalmente se demora cerca de 20 horas para limpar inteiramente um bueiro entupido. Com os caminhões italianos este tempo será reduzido para cerca de 4 horas, em média”, garante o secretário .

Outro fator importante do caminhão italiano é a redução de gasto do dinheiro público. A estimativa é que os caminhões propiciem economia de 62%, com o reaproveitamento do líquido aspirado. Ainda haverá menos material depositado em estações de tratamento e aterros sanitários, redução de gases na atmosfera e menor impacto no trânsito (devido à agilidade na limpeza).

Já as bombas móveis, originárias da Holanda, serão utilizadas em casos de gerenciamento de crises contra enchentes, em alagamentos de ruas, avenias e túneis. A maior vantagem deste equipamento, que suga a água da via, é a mobilidade. O uso, manual ou automático, pode ser realizado mesmo em casos de falta de energia elétrica, já que utilizam o diesel como fonte de energia. A capacidade de sucção é de 400 m³ de água por hora, o que torna o trabalho rápido e seguro.

“As ações contra enchentes vêm acontecendo durante todo o ano. Agora a cidade recebe alguns dos mais modernos equipamentos para ampliar este trabalho e agir mais rapidamente em qualquer necessidade”, relada o secretário .

O evento será no parque do Trote: rua Nadir Dias de Figueiredo, s/nº, Vila Guilherme.