Soluções adotadas na zeladoria da Capital são apresentadas na maior feira de cidades inteligentes

Inovação e tecnologia desenvolvidas pela Prefeitura são tema de palestra na 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

 Os sistemas de inteligência adotados pela Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), abriram a mesa de discussão a respeito do uso de tecnologia da informação na tomada de decisões. Em São Paulo, os dados coletados por sensores, radares e satélites, ajudam a definir as políticas públicas com eficiência e de forma preditiva.

O secretário da SMSUB, Alexandre Modonezi, explicou que um desses sistemas é o Gaia, que mapeou 100 % a cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo e que tem uma malha viária de 17 mil quilômetros. “Esse é um sistema que não existe em nenhum outro lugar porque foi desenvolvido por nós. O mercado oferecia produtos a um preço impraticável para a realidade dos municípios brasileiros. Mas o que fazer com essa coleta de dados? Tão importante como saber o que está acontecendo em uma rua da cidade é integrar com outros sistemas para a tomada de decisão.”

O Gaia indicou onde estavam as intervenções nas ruas e avenidas. Buracos, lombada, sarjetas, trepidações, além de classificar a qualidade da via. Isso permitiu à cidade ter um retrato em tempo real de como estava o asfalto. O sistema é uma das ferramentas usadas no maior programa de recapeamento de São Paulo, com um investimento de 1 bilhão de reais e uma área de atuação de 5,8 milhões de metros quadrados em todas as regiões de São Paulo. “ A gente sabe o que fazer, como e onde, a partir do cruzamento de informações”.

Outros sistemas se integraram para monitorar os serviços das concessionárias, que impactam diretamente na situação das vias da Capital. No subsolo de São Paulo, atuam 128 empresas , entre elas a Sabesp, a Comgás, as Telecomps. São 62,9 mil obras registradas e hoje a Prefeitura sabe onde cada uma está trabalhando, através do Geoinfra.

Implantado em novembro de 2019, quase seis meses depois do Gaia, o objetivo do programa é garantir à Prefeitura o controle das intervenções que acontecem na cidade. Antes do GeoInfra, não havia controle sobre a realização destas obras, que, muitas vezes, aconteciam sem o conhecimento da Prefeitura. “Por meio do sistema, é possível autorizar e monitorar obras na malha viária, calçadas, subterrâneos e redes aéreas, realizadas por concessionárias, de maneira digital e eficiente”, completa o secretário.

Um outro investimento foi no Sistema de Gerenciamento de Zeladoria, o SGZ, que garante mais transparência, agilidade e eficiência ao gasto público. Essa plataforma de monitoramento integra, no mesmo ambiente, os serviços de zeladoria de todas as Subprefeituras, como por exemplo, tapa-buraco, poda e remoção de árvores e limpeza de córrego.

Por meio do SGZ, é possível verificar as solicitações recebidas pela Central SP156, monitorar as equipes em campo, identificar os problemas com maior incidência e indicar uma ordem de execução, além de ter uma perspectiva única de todos os atendimentos, resultando na redução do tempo médio de atendimento dos serviços de zeladoria.

Outro exemplo é o sistema Urano, programa de inteligência artificial que usa a manutenção preditiva para prevenir situações como alagamentos, transbordamentos, queda de árvores ou até mesmo deslizamentos. Funciona como módulo para gestão dos dados climáticos através do uso de Inteligência artificial para depuração dos dados, capturados em diversas bases climáticas como CGE, IBM Weather, Clima Tempo, confrontando com os dados de serviços realizados no SGZ.

Com 3 mil participantes de várias cidades do país, São Paulo trouxe para a feira exemplos que podem ajudar numa governança mais inteligente.