De Secretaria Especial de Comunicação:

Para celebrar a democracia e a liberdade de expressão, quatro metrópoles estrangeiras organizam atividades paralelas ao Festival Verão Sem Censura: Barcelona, Londres, Lisboa e Milão. O projeto da Prefeitura de São Paulo tem como objetivo promover apresentações culturais que sofreram algum tipo de censura ou pressão para não serem exibidas.

Nesta quarta (15), Londres e Milão darão início às suas atividades. A cidade de Londres vai lançar a edição da revista Index On Censorhip, que defende a liberdade de expressão, e Milão vai apresentar o espetáculo La Commedia dela Venità (A Comédia da Vaidade) de Elias Canetti. A peça aborda o autoritarismo e cultura e ficará em cartaz até 26 de janeiro.

Lisboa participa do projeto por meio da apresentação do espetáculo “Sem Flores nem Coroas”, em 17 de janeiro, às 21h. Antes da peça, a diretora Fernanda Lapaum pretende ler um texto de apoio ao festival brasileiro, já que “Sem Flores nem Coroas” foi uma obra censurada pela ditadura. Em Barcelona, o público poderá participar de um debate sobre a prisão de líderes políticos catalães e o direito ao protesto organizado pelo Instituto Omnium Cultural em 27 de janeiro.

“Como uma cidade de potência global, São Paulo criou o festival com o objetivo de incentivar o apoio ao direito de qualquer um se expressar livremente, principalmente quando falamos de arte e cultura, que são áreas que também contam a história de uma população”, afirma o prefeito de São Paulo, Bruno Covas.

A participação internacional foi uma iniciativa de Relações Internacionais da Prefeitura. “A liberdade de expressão é algo que deve ser celebrado não só em São Paulo, mas também no mundo. Por este motivo, o apoio dessas cidades é essencial para reforçar a importância do movimento artístico na história de uma sociedade”, destaca o Secretário de Relações Internacionais, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes.

Para o secretário Alexandre Youssef, o Verão Sem Censura não é um projeto de antagonismo ao Governo Federal. “É uma medida de valorização da nossa cultura”, explica. “Uma resistência que luta pelo bem mais valioso da nossa cultura, a liberdade de expressão”. Trata-se de combater a repressão, a censura e o preconceito produzindo e promovendo coisas “boas, bonitas e fortes”.

Saiba mais sobre a programação brasileira

A internacionalização do evento teve início durante a Cúpula do World Cities Culture Forum, que contou com a participação do Secretário Municipal de Cultura, Alexandre Youssef, e Secretário de Relações Internacionais, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes. O evento aconteceu de 22 a 25 de outubro, em Lisboa (Portugal).

O encontro tinha como objetivo a troca de experiências, compartilhamento de ideias e conhecimentos sobre o papel da cultura como um princípio organizador da cidadania sustentável no futuro. Durante três dias, autoridades de 38 cidades do mundo discutiram o papel da cultura na construção de cidades abertas e tolerantes, como a cultura pode apoiar a inclusão nas cidades e os desafios. As sessões também focaram em inovações na infraestrutura das cidades e bibliotecas.