Doenças Típicas de Inverno

O tempo frio não pede apenas cobertores e casacos para se aquecer bem. Uma vez que vários problemas de saúde surgem quando as temperaturas caem, no inverno é necessário também ficar atento à saúde.
A chegada do frio aumenta em até 40% a incidência de doenças respiratórias; além das alergias, os problemas mais comuns incluem gripes, resfriados, sarampo, caxumba, rubéola e meningite meningocócica. Essas doenças são mais comuns no inverno porque os agentes causadores (vírus e bactérias) são transmitidos por via respiratória, ou seja, por meio de gotículas de saliva ao falar, tossir, espirrar e rir. Com a vinda do inverno, há uma redução na umidade relativa do ar, as pessoas se concentram mais em locais fechados e pouco arejados para se aquecer, não esquecendo também do maior uso de casacos de lã e cobertores guardados por longos períodos. Em um ambiente fechado, quanto mais gente sem ar, mais vírus circulando e infectando. Manter as janelas abertas e ter uma boa circulação de ar é importante para evitar problemas desse tipo.
As pessoas sofrem com doenças devido à grande variação climática que algumas cidades apresentam o que facilita que fiquem pré-dispostas a desenvolverem doenças do trato respiratório. A grande variação de temperatura pode deixar a defesa do organismo comprometida e aumentar as chances de contrair um vírus respiratório. Assim, existe uma relação direta entre mudança de temperatura e desenvolvimento de doenças.
Existem dois tipos de doenças respiratórias mais propensas a acontecer em cidades onde o clima é instável: as imunológicas e as infecciosas. As doenças imunológicas ocorrem quando o sistema imunológico não está funcionando corretamente e, como resultado, as pessoas ficam mais suscetíveis a contrair doenças como a rinite ou outras de quadro alérgico. Já doenças infecciosas são aquelas também causadas por vírus ou bactérias, conhecidas como as gripes, resfriados e sinusites.
Para diminuir a sensação de mal-estar causada pelo tempo seco, que desencadeia sintomas de alergia como rinite, sinusite e irritação na garganta deve-se beber bastante líquido, usar um soro para lubrificar a mucosa do nariz e, se necessário, fazer uso de um vaporizador para umedecer o ar de sua casa. Para quem não tem vaporizador, o mesmo efeito pode ser conseguido com uma bacia com água ou uma toalha molhada no quarto. Nesse caso, a água que evaporar da toalha vai tornar a umidade relativa do ar mais elevada.
O frio reduz a umidade do ar, tornando-o muito seco, o que reflete diretamente na pele. Ressecamento, aumento da sensibilidade e aparecimento de doenças são alguns dos incômodos causados e, por isso, alguns cuidados com a pele são recomendados como, por exemplo, evitar banhos muito quentes e demorados, não esfregar em demasia o sabonete durante o banho e não usar buchas, que esfoliam demais a pele, retirando a proteção natural.
Se possível, as pessoas devem evitar contato direto e prolongado com roupas feitas com tecidos sintéticos ou lã - que estimulam a coceira -, além de utilizar produtos hidratantes após o banho e, se necessário, várias vezes ao dia. Esses cuidados, além de prevenir algumas doenças, mantêm a pele sempre saudável, sem fissuras ou escamações.
A saúde dos olhos também exige cuidados específicos. O ar seco leva à secura da lágrima e, consequentemente, à falta de lubrificação dos olhos. Isso pode levar a alergias, infecções oculares e conjuntivites, devido também à grande concentração de poluição do ar no período. Para se prevenir, basta seguir atitudes bem simples como continuar usando óculos de sol com lentes de proteção UVA e UVB, lavar os olhos com soro fisiológico gelado e usar colírios lubrificantes indicados por oftalmologista.
O alto índice de doenças respiratórias nesta época do ano sempre gera confusão quanto ao tipo de doença a ser tratada. Quando chega o primeiro espirro, a dúvida aparece. As diferenças entre resfriados, gripes e outras doenças devem ser observadas. Por exemplo, a principal diferença entre gripe e resfriado é o agente causador: a gripe é causada pelo vírus influenza (muito contagioso, que ataca principalmente nariz, garganta e pulmões), enquanto o resfriado é transmitido por um vírus que causa uma infecção mais leve das vias aéreas superiores (nariz e garganta).
Os principais sintomas da gripe são febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse. A gripe pode facilmente se complicar com sinusite ou pneumonia. A melhor prevenção contra a gripe é tomar vacina todo ano, pois o vírus é mutante, aparecendo de forma diferente a cada ano.
Quanto ao resfriado, não existe remédio para curá-lo ou vacinas para prevenção, mas apenas para amenizar os sintomas. Se não houver complicação, tende a evoluir bem em poucos dias. Os principais sintomas são coriza, espirros e febre baixa. O tratamento é feito com repouso, líquido e boa alimentação. Se necessário, podem ser administrados analgésicos, antitérmicos e vitaminas, mas apenas depois de consultar o médico.

Consulta:
Revista Ponto de Encontro – Edição nº 26 Junho/Julho 2010-06-17
SIS Saúde
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