Prefeitura intensifica ações da Operação Baixas Temperaturas e amplia rede de proteção da população de rua para enfrentar frio antecipado

Além das 10 tendas que serão montadas em todas as regiões da cidade, gestão vai ampliar vagas na rede socioassistencial, garantir transporte ida e volta para Centros de Acolhida, aumentar número de agentes sociais e equipes de saúde e distribuir sopas, bebidas quentes e cobertores sempre que temperatura atingir 13 º C ou um índice menor

Diante da previsão de frio antecipado na cidade de São Paulo, a Prefeitura vai intensificar as ações da Operação Baixas Temperaturas para ampliar os serviços de atendimento e segurança alimentar da população em situação de rua. As medidas incluem a expansão de vagas na rede socioassistencial, ampliação dos recursos humanos – agentes sociais de equipes de saúde, distribuição de cobertores, sopas e bebidas quentes, além de disponibilizar transporte (ida e volta) para pernoite nos Centros de Acolhida.

Esses procedimentos foram articulados pelo Comitê Permanente de Gestão de Situações de Baixas Temperaturas, formado por equipes técnicas das Secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Saúde (SMS), Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Segurança Urbana (SMSU), Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), Defesa Civil, São Paulo Transportes (SPTrans) e São Paulo Turismo (SPTuris), responsável pela montagem das tendas.

Acolhimento

A SMADS, que já conta com uma rede de acolhimento regular com 15. 116 vagas para pernoite e de 2.138 em hotéis, vai criar mais 2000 vagas para abrigar as pessoas que estão em condição de rua durante as noites mais frias. Além disso, haverá um aditamento para a contratação de novos 56 orientadores socioeducativos para a realização da abordagem social, reforçando o trabalho de outros 100 profissionais que já atuam neste período.

Também serão adquiridas 13 novas viaturas que serão utilizadas por equipes que realizam a abordagem social durante a noite e a madrugada. A medida vai dar maior agilidade ao atendimento das notificações que chegam através do Serviço 156. Haverá ainda a criação de vagas com canil nos Centros de Acolhida, e a aquisição de gaiolas de transporte de animais.

Tendas

Com gestão compartilhada entre a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Direitos Humanos serão montadas pela SPTuris 10 tendas de atendimento à população em situação de rua. Elas serão instaladas nos seguintes endereços:

 

ZONA LESTE

Guaianases - Praça Presidente Getúlio Vargas

Itaquera - Av Jacu Pêssego, altura do CEU Azul da Cor do Mar

 

ZONA NORTE

Santana - Praça Heróis da FEB

Vila Maria - Praça Novo Mundo

 

ZONA SUL

Santo Amaro - Praça Floriano Peixoto

Capela do Socorro - Praça Escolar

 

ZONA OESTE

Lapa - Praça Miguel Dell’Erba

 

CENTRO

Sé - Praça da Sé

Santa Cecília - Praça Marechal Deodoro

Brás – Praça Padre Bento

 

As tendas serão instaladas sempre que a temperatura ficar abaixo dos 10ºC. Nestes espaços serão ofertados cobertores, sopas, bebidas quentes, vacinas contra COVID-19 e Infuenza, e encaminhamentos aos Centros de Acolhida. Também serão disponibilizadas duas ambulâncias para cada tenda na Praça da Sé.

Neste ano, haverá busca ativa durante a noite e madrugada a moradores em situação de rua que desejarem passar a noite em Centros de Acolhida. A ação será realizada de maneira conjunta entre as equipes de abordagem social da SMADS e do Consultório na Rua, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde. Para isso, a SMS irá ampliar o horário de atendimento dessas equipes, estendendo esse serviço para o período das 22h00 às 07h00, durante toda a Operação Baixas Temperaturas.

Saúde

As equipes do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), atuarão em conjunto com as equipes de Smads e Smdhc durante as ações da Operação Baixas Temperaturas (OBT). Essas equipes serão ampliadas para realizar atendimentos noturnos, no período das 19h às 7h. Esses atendimentos terão início em maio e permanecerão até setembro.

Os profissionais que irão compor as equipes do Consultório na Rua são enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Para o trabalho, foi ampliada a quantidade de ambulâncias e cada tenda contará com serviço de remoção, que se somará às do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no atendimento à população de rua.

Elas também serão alocadas em outros pontos, que também contarão com veículos para o atendimento e suporte às equipes, quando acionadas e de acordo com a necessidade. Além da parte assistencial, as equipes do Samu farão treinamentos para auxiliar na remoção e atendimento de pacientes que estejam em situação de hipotermia.

O Consultório na Rua vai imunizar a população em situação de rua contra a Covid-19 e a gripe. A vacinação pode ser feita durante o atendimento das equipes ou nas tendas até as 22h.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) realiza treinamentos de boas práticas, tanto em questões sanitárias quanto epidemiológicas, para os gestores dos serviços de acolhimento de Smads, que receberão as pessoas em situação de rua em suas dependências. A capacitação ocorre para minimizar os riscos de surtos ou qualquer outro problema de saúde.

As equipes da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), também da Covisa, farão um trabalho específico de desratização e controle de zoonoses nas dez praças que terão as tendas instaladas, e nas regiões de maior concentração do público que será atendido nas tendas.

Baixas Temperaturas

No último dia 30 de abril, a Prefeitura iniciou o Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas, instituído pelo Decreto Nº 56.102 de 8 de maio de 2015 e alterado pelo Decreto Nº 57.690 de 12 de maio de 2017.

As ações planejadas no âmbito da OBT (Operação Baixas Temperaturas) têm por objetivo ampliar a rede de proteção da população em situação de rua nos dias mais frios, em que a temperatura seja de 13ºC ou menos.

Desde a madrugada de quinta-feira (5/5) até a manhã de domingo (15/5), a Prefeitura de São Paulo já realizou 2.840 atendimentos com 2.602 pessoas acolhidas em serviços da rede socioassistencial, outras 238 que não aceitaram acolhimento, e 2106 cobertores distribuídos.