Prefeitura incorpora novos equipamentos para combate à dengue na capital

Armadilhas de autodisseminação de larvicida têm o objetivo de eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti e não permitir que cheguem à fase adulta

Sala de Imprensa - Prefeitura de São Paulo 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), adquiriu 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, desenvolvidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que começaram a ser instaladas nesta quarta-feira (12). O prefeito Ricardo Nunes acompanhou a instalação de algumas armadilhas no Jardim Ângela, Zona Sul da capital, na manhã desta quarta-feira (12).

Segundo o prefeito Ricardo Nunes, a tecnologia é americana e a capital está investindo R$ 8,9 milhões na ação, que deve durar 12 meses. "Teremos 20 mil armadilhas dessas na cidade. É uma tecnologia que já é utilizada em mais de 40 países. A Vigilância Sanitária testou o produto e essa metodologia por dois anos e, uma vez aprovada, nós estamos fazendo a instalação”, disse. “Os agentes de saúde farão o monitoramento por um software e visitam as residências que estão com as armadilhas de 30 em 30 dias para monitorar e repor o produto”, completou.

Com tecnologia e recursos inovadores, o equipamento é uma nova estratégia que se somará às demais do Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e Demais Arboviroses, como os equipamentos de nebulização veicular, visitas casa a casa, entre outras atividades específicas.

As instalações das armadilhas serão feitas pelas equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que participaram de uma capacitação em 16 de fevereiro e um treinamento prático nos dias 23 e 24 de março.

Prefeito Ricardo Nunes aplicando os novos equipamentos de combate à dengue - Foto: Julio Cesar Oliveira

Inicialmente, os novos equipamentos serão instalados em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue e distribuídos nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Na região do Jardim Ângela, cerca de 100 agentes estão atuando nesta quarta-feira (12) para a implantação das armadilhas.

Os equipamentos serão montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval, não permitindo que ele se desenvolva para sua fase adulta. O larvicida utilizado nas armadilhas não afeta a saúde humana nem dos animais domésticos e tem liberação da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Prefeitura de São Paulo tem investido em todos os bairros, tanto com a nebulização de inseticida como caso a caso, mas são mais as características dos próprios imóveis que fazem com que algumas áreas da cidade tenham mais casos e outras menos”, explicou o coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Vieira Caldeira. “É uma parceria da Prefeitura de São Paulo com os munícipes. A Prefeitura oferece a armadilha que trará a proteção não só à família, mas, também, a todo o bairro, e a parte do munícipe é ceder o espaço para albergar a armadilha longe da luz e da chuva”, completou.

Representantes do evento - Foto: Julio Cesar Oliveira

Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.379.513 ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo. Ao todo, foram 327.852 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.004 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.006.666 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.