Prefeitura autoriza início das obras do complexo viário Pirituba-Lapa

Primeira etapa prevê a construção de ponte sobre o Rio Tietê, na zona oeste, atendendo pedido aguardado há mais de 40 anos pelas 115 mil pessoas que utilizarão o acesso diariamente

O prefeito Bruno Covas assinou na manhã desta segunda-feira (13) a autorização da primeira etapa das obras para a ligação viária Pirituba-Lapa, um pleito de mais de 40 anos dos moradores da região. O projeto prevê a implantação de uma ponte sobre o rio Tietê e seus acessos, totalizando 900 metros de extensão para a interligação entre os dois bairros.

“Desde o ano passado nós começamos a organizar os recursos dos fundos municipais e assim conseguimos o valor para garantir esta obra até seu término. Um compromisso grande desta gestão para construir o sonho dos moradores desta região e melhorar a qualidade de vida de todos eles”, disse o prefeito Bruno Covas.

A ponte terá início na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do condomínio Projeto Bandeirante, e seguirá pela Vila Anastácio até a Rua Campos Vergueiro. Ela contará com mão dupla, ciclovia e faixa exclusiva para ônibus. Tendo em vista o crescente adensamento da região, o empreendimento trará melhorias para a mobilidade urbana da Zona Oeste da cidade, beneficiando cerca de 115 mil pessoas que utilizarão a via diariamente.

“Esta é uma ligação fundamental, por conectar novamente o bairro de Pirituba a cidade de São Paulo, além de fazer com que a população demore menos tempo para fazer esse deslocamento. Portanto, é importantíssimo do ponto de vista econômico e financeiro para a região”, afirmou o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Vitor Aly.

Além da construção da ponte, o projeto completo consiste na implantação de três quilômetros de ligação viária, com três faixas de circulação em ambos os sentidos, sendo uma faixa exclusiva para ônibus. O trecho da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães que percorre a Vila Anastácio, atual gargalo de saída do bairro da Lapa para a Marginal Tietê, será alargado e receberá melhorias em toda a sua extensão.

Uma nova passagem inferior será construída sob a linha férrea da CPTM, com faixas para veículos, ônibus, passeio para pedestres e ciclovia. Também estão previstas a construção de um binário de acesso (viário bidirecional, que se divide em duas vias distintas, de sentidos opostos, originando-se e terminando no mesmo ponto) ao Terminal Lapa e obras de 900 metros de galerias de drenagem para garantir a captação adequada das águas pluviais.

A implantação do empreendimento vai desafogar o trânsito nas pontes da Anhanguera e do Piqueri, assim como nas conexões com a Marginal Tietê, proporcionando novas alternativas nos deslocamentos diários. Estudos de Tráfego mostram que, com o remanejamento de linhas de ônibus da região para o novo viário, os usuários do transporte público terão suas viagens encurtadas em até 36 minutos por dia entre os terminais Pirituba e Lapa. Já os usuários do transporte individual ganharão cerca de 15 minutos diários. Tais mudanças refletirão num menor tempo de viagens, maior fluidez na circulação do transporte público, de pedestres, de ciclistas e de veículos, gerando mais mobilidade e melhoria na qualidade de vida da população.

O valor do contrato, englobando as obras viárias e de drenagem é de R$ 200 milhões. Além desses valores, também são previstos gastos com desapropriações, enterramento de redes, compensações ambientais, gerenciamento e fiscalização da obra. O valor total do empreendimento está estimado em R$ 386,5 milhões.

 

Licenciamento ambiental
Uma fase importante para possibilitar o início da implantação do empreendimento acaba de ser concluída. Em 25 de abril deste ano, foi expedida a Licença Ambiental de Instalação (LAI n° 03/CLA-SVMA/2019) pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, documento que autoriza o início das obras.

 

Operação Urbana Consorciada Água Branca
Como parte das intervenções previstas no âmbito da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB), o início das obras da ligação viária Pirituba-Lapa depende dos recursos a serem captados por um novo leilão de Certificados de Potencial de Construção (CEPAC’s), cujo projeto de lei está atualmente em tramitação na Câmara Municipal.

Contudo, ciente da importância dessa obra para a região, a Prefeitura de São Paulo não tem poupado esforços para concretizá-la e decidiu empenhar recursos municipais advindos de Fundos para início das obras.