De orientação a exames, meninas e adolescentes encontram suporte na rede pública

Depois dos cuidados com a infância, a indicação é que a partir do período próximo à primeira menstruação elas passem a ter acompanhamento ginecológico

Dentre os muitos públicos atendidos pelo SUS, um merece atenção especial, não apenas pelas demandas de acompanhamento em saúde que apresentam, mas também pelo fato de ser justamente nesta fase que muitas “desaparecem” dos consultórios médicos: as adolescentes.

Veja a seguir os pontos aos quais pais e responsáveis devem ficar atentos, para garantir às meninas um desenvolvimento pleno e saudável, que impactará em outros aspectos de suas vidas e para o seu futuro.

Dos 10 aos 15 anos: nesta fase, é importante que ocorra a primeira visita ao ginecologista, já que é quando a maioria das meninas costuma ter a primeira menstruação. Além disso, é preciso fazer um acompanhamento preventivo de eventuais distúrbios hormonais ou do aparelho reprodutor. Outro cuidado importante é tomar a vacina contra o HPV, que está disponível no SUS e protege em até 70% dos casos de câncer de colo do útero provocados por esse tipo de vírus. Exames de sangue, urina e fezes também entram na rotina com o clínico geral, pediatra ou ginecologista, para detectar quaisquer deficiências ou problemas de saúde.

Dos 15 aos 19 anos: já na fase reprodutiva, e possivelmente com vida sexual ativa, é o momento de abordar com as adolescentes temas como ciclo menstrual, cólicas e irregularidades menstruais. Para quem está iniciando uma vida sexual ativa, outras preocupações devem ser as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e como proteger-se, gravidez indesejada, métodos contraceptivos, além do exame Papanicolau. Exercícios físicos, dieta saudável e exposição ao sol também entram no radar dos médicos para evitar problemas futuros à saúde da mulher, tais como exames para avaliar o colesterol, triglicérides e glicemia, que passarão a integrar uma agenda periódica de cuidados.

Vale lembrar que as adolescentes também podem ter acesso a todos os tipos de métodos contraceptivos reversíveis, como a pílula anticoncepcional, além de preservativos internos (feminino) e externos como forma de prevenir as ISTs, incluindo hepatites transmissíveis por meio de contato sexual.

Para marcar uma consulta, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa com o cartão do SUS (ou documento de identidade) e caderneta de vacinação, caso possua.

A rede completa das UBSs da capital pode ser consultada por meio do Busca Saúde.