PREFEITURA DE SÃO PAULO

Jabaquara e a cidade ganham novo hospital

Primeira fase do Hospital Municipal Vila Santa Catarina já oferece atendimento na maternidade e no Centro de Parto Normal, além de UTI. Equipamento é a primeira unidade de alta complexidade na rede municipal. Cidade não ganhava um hospital desde 2008

15/12/2015 16h23

A Prefeitura entregou na última sexta-feira (11) a primeira fase do novo Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de C. Marques de Carvalho, na zona sul. Há sete anos a cidade não ganhava um novo hospital geral. O equipamento é o primeiro de alta complexidade da rede municipal e beneficiará 2,6 milhões de pessoas. Atualmente, estão em construção na Capital mais dois hospitais, em Parelheiros e na Brasilândia.

“Nós havíamos nos comprometido com a entrega de três hospitais na cidade. E diziam que era impossível fazer três hospitais em quatro anos. Depois de três anos de trabalho temos este primeiro hospital aberto; em Parelheiros a previsão é agosto de 2016, e na Brasilândia estamos com obras. Este talvez seja na história de São Paulo o período de maior realização em termos de ampliação da rede SUS [Sistema Único de Saúde], com UBSs [Unidades Básicas de Saúde], UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], alguns CAPS [Centros de Atenção Psicossocial], centros odontológicos, hospitais-dia e hospitais gerais. Todo o sistema SUS está sendo reforçado em São Paulo”, afirmou o prefeito.

Além dos novos hospitais gerais, foram abertos na cidade mais 300 leitos em equipamentos municipais já existentes, além de 15 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 16 unidades básicas de saúde (UBSs). A previsão é de que até junho de 2016 também estejam em funcionamento 30 hospitais-dia.

O hospital aberto na Vila Santa Catarina já oferece à população atendimento na maternidade e no Centro de Parto Normal, além de Banco de Sangue, Ambulatório do Programa de Transplantes, Unidades de Terapia Intensiva adulta e neonatal. Em junho, entraram em funcionamento 30 leitos de Clínica Médica e oito de UTI Adulto, para retaguarda da UPA Vila Santa Catarina. A maternidade entrou em operação em outubro, com três salas no centro obstétrico, três salas de parto natural, pronto-socorro obstétrico com três consultórios, três leitos de observação, 11 leitos na UTI Neonatal (um de isolamento), 12 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários (oito convencionais e quatro canguru), vacina, cartório, enxoval (Rede Cegonha) e triagens (neonatal, orelhinha e coraçãozinho).

O atendimento é gerenciado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein. “Tivemos aqui uma solução inovadora: a Prefeitura utilizar recursos para adquirir um espaço, e o Albert Einstein oferece o atendimento à população 100% SUS. Este hospital é inovador por vários motivos: primeiro porque há quase dez anos não se abre um hospital novo para o SUS na cidade de São Paulo, segundo [porque] é um hospital localizado na região com a menor proporção de leitos por população e a terceira é que todo o custeio vai ser mantido pelo programa do Albert Einstein”, explicou o secretário de Saúde.

Por meio de um convênio inédito na cidade, serão utilizados para o custeio cerca de R$ 160 milhões por ano de recursos do próprio Einstein – via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI) do Ministério da Saúde. “Hoje o Einstein está envolvido em programas importantes junto a AMAs e UBSs, cuida com muito zelo do Hospital do M’Boi Mirim e agora assume a gestão daqui, trazendo a proposta de alta qualidade, com uma contribuição na área da alta complexidade”, lembrou Cláudio Lottemberg, presidente da Sociedade Beneficente Brasileira Albert Einstein.

O atendimento foi instalado após compra, reforma e equipagem do antigo hospital particular Santa Marina. A ideia de aquisição e reativação do hospital, fechado pela iniciativa privada há mais de quatro anos, foi uma sugestão da comunidade local, apresentada ao prefeito Haddad em visita à UBS Integral Jardim Miriam II. “Estamos aqui para mais uma conquista do SUS. Acreditamos que irá atender a demanda local e mais regiões próximas, facilitando a vida da nossa população”, disse a conselheira Maria Valvolina de Lima, que representa a sociedade civil no Conselho Gestor da Supervisão de Saúde do Jabaquara. O nome do novo hospital, também escolhido pela comunidade, homenageia o médico pediatra Gilson de C. Marques de Carvalho, um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde no Brasil, morto em 2014, aos 68 anos.

Atendimento
Até 16 de novembro, a maternidade do novo hospital realizou 47 partos, sendo 32 vaginais (68%) e 15 cesáreas (32%). Além disso, foram realizados 187 atendimentos no pronto-socorro obstétrico. A unidade já iniciou suas atividades dentro dos protocolos do Programa Parto Adequado, uma parceria entre o Einstein, o IHI (Institute for Healthcare Improvement) e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Outra novidade do novo hospital é que pela primeira vez a rede pública municipal oferecerá tratamentos clínicos e cirurgias para câncer e também transplantes. O Ambulatório do Programa de Transplantes começou a funcionar em junho deste ano. A capacidade é para três mil atendimentos mensais para triagem de pacientes e acompanhamento pré e pós-transplante.

Por ano, a unidade realizará 14 mil internações. Também estarão disponíveis serviços como laboratório de patologia clínica e cirúrgica, hemodinâmica, ecocardiografia, endoscopia, exames por imagem (radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética) e diálise.

Estrutura
No total, a unidade disponibilizará 271 leitos. São 26 leitos para clínica cirúrgica, 25 leitos para clínica médica, 10 leitos para psiquiatria, 30 leitos para pacientes oncológicos, 32 leitos para pacientes transplantados e 26 leitos de UTI adulto. Para atender gestantes e crianças, há 36 leitos para obstetrícia, incluindo três salas de parto natural, 17 leitos para pacientes pediátricos, 11 leitos para UTI neonatal, 12 leitos para cuidados intermediários (berçário) e nove leitos para UTI pediátrica. Trinta e sete leitos adicionais serão destinados para observação clínica e recuperação anestésica.

A estrutura foi instalada em um terreno de 8 mil metros quadrados e tem área construída de 25 mil metros quadrados. A previsão é que o hospital municipal será totalmente entregue à população em janeiro de 2016.

De Secretaria Executiva de Comunicação
Fotos | Crédito: Cesar Ogata/SECOM