Lembro desde muito criança das pessoas famosas do bairro que aprendi a amar, como o seu Mazzo, o alfaiate; o velho Fioretto, que eu tinha como amigo os netos dele, Valdir e Pedrinho; o bar do seu Rideo Sakuda, na Rua Silva Bueno; do Dr. Benicio, o nosso dentista, na Rua Brigadeiro Jordão.

Nessa mesma rua tinha o açougue do Sr. Guilherme e na Rua Oliveira Alves a mansão do Jaffet, onde buscávamos água no poço movido por uma enorme engrenagem que virávamos com um pau comprido para não machucar as mãos. Tinha também a fábrica de meias Fongaro, também na Rua Oliveira Alves.

Eu passei toda minha infância na Vila Belinha, uma ruazinha de terra na Oliveira Alves, onde jogávamos bola.

Agora me lembro dos meus amigos que nunca mais vi: Lembro-me do Ruizinho (Pelé), do Julio (esse eu ainda tenho contato), do Tininho, do Eurico que era filho do policial, da Angela que morava ao lado da Vila Belinha e da menina que eu mais gostava, a Maria Eliza, que era filha do dono da casa que eu morava na Silva Bueno, o sr. Mema. Lembro-me também do Vadão, irmão do Rui, do Bosco, do Lincoln, do Kactcham, irmão do Lincoln, do Helio Sergio, do Marcio e do Nene...

Enfim, eram tantos que desculpem se omiti alguns. Aí que saudades daquela época! Se eu pudesse voltar no tempo...

_{*Texto publicado originalmente em "São Paulo minha cidade"}