Equipes de limpeza removem lixo empilhado por “acumulador compulsivo”

O problema é individual, mas prejudica a vizinhança também

 Nessa segunda-feira (8), equipe de limpeza acompanhada de profissionais da saúde da UBS São Carlos estiveram na residência de um acumulador falecido há cerca de três meses. 

No local, onde o homem vivia com a mulher, o serviço exigiu apoio mecanizado em função do volume e da variedade de materiais encontrados no quintal da residência. Madeira, restos de construção, ferragens, etc. 
Os vizinhos há muito reclamavam e pediam por uma operação dessa natureza, mas sem a concordância do morador isso não era possível.  Limpar o terreno sem o aval do proprietário poderia agravar ainda mais a doença. 
O que é acumulação compulsiva?
Desapegar não é fácil e até natural quando envolvem lembranças, coisas de que gostamos ou precisamos, mas os problemas começam quando a pessoa passa a ter dificuldade para se desfazer de coisas desnecessárias, sem valor, utilidade ou, pior, se torna incapaz de descartar objetos, crendo que poderão ser úteis no futuro. 
Quando esse comportamento exagerado começa a ganhar volume, comprometendo o espaço, a higiene e a qualidade de vida do indivíduo e daqueles que vivem em torno dele, é preciso buscar ajuda médica. Trata-se de doença.
Fatores genéticos e acontecimentos estressantes podem desencadear o problema que exige acompanhamento de um psiquiatra, medicamentos e terapia.  É raro que o acumulador compulsivo admita que está doente. 
O apoio da família é fundamental. É importante que o acumulador busque ajuda médica e siga o tratamento recomendado. Nas primeiras consultas recomenda-se que esteja sempre acompanhado.