Cidade Tiradentes comemora 22 anos

A Cidade Tiradentes, considerada o maior complexo habitacional da América Latina, completa 22 anos no próximo dia 21 de abril, com um calendário repleto de atividades gratuitas


A quinzena comemorativa, de 14 a 28 de abril, promovida pelas Organizações Sociais da Cidade Tiradentes, com apoio da Subprefeitura Cidade Tiradentes, em homenagem ao 22º aniversário da Cidade Tiradentes incluirá o Desfile Cívico, show musical, atividades esportivas e apresentações culturais.


Além disso, na Escola Técnica de Saúde Pública haverá uma exposição do Acervo Indígena de Orlando Villas Boas, com peças cedidas do Acervo Indígena de Orlando Villas Boas.

 

Histórico


No final da década de 1970, o poder público iniciou o processo de aquisição de uma gleba de terras situada na região, que era conhecida como Fazenda Santa Etelvina, então formada por eucaliptos e trechos da Mata Atlântica. A partir dos anos 80, prédios residenciais começaram a ser construídos pela COHAB (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e por grandes empreiteiras, surgindo assim a Cidade Tiradentes.


O bairro foi planejado como um grande conjunto periférico e monofuncional do tipo “bairro dormitório” , passando ser habitados por enormes contingentes de famílias, que aguardavam na “fila” da casa própria de Companhias habitacionais.


A Cidade Tiradentes está situada a 35 quilômetros do marco zero da capital, a Praça da Sé, no extremo leste da cidade, e é considerada, atualmente, o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina, abrigando cerca de 40 mil unidades habitacionais. Com essa estrutura, ela mais parece uma cidade do que um bairro.


Além da vastidão de conjuntos habitacionais, que passaram a predominar na região, a Cidade Tiradentes possui uma população estimada em 280 mil habitantes que estão, de certa forma, separados por dois níveis de pobreza: há 71 equipamentos na cidade formal e 3 na informal; a renda média do chefe de família varia de 500 a 1200 reais na Cidade Formal e de 200 a 500 na Informal; o analfabetismo vai de 0 a 10% na Cidade Formal, ao passo que na Informal o índice fica entre 10 e 20%.