O grupo Pombas Urbanas com muita alegria volta mais uma vez às ruas para fazer Teatro e ainda em comemorar os 18 anos do grupo que será completado neste dia 30 de outubro!

O espetáculo “Histórias para serem contadas”, texto escrito em 1957 pelo dramaturgo argentino Osvaldo Dragun simboliza a retomada da produção do grupo após 3 anos dedicando-se a estruturação do Centro Cultural Arte em Construção no bairro Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.

Com direção de Hugo Villavicenzzio, fala sobre homens e mulheres de nosso tempo, que muitas vezes deparam-se com o desamparo, a falta de opções e a perda do direito de ser sujeito de seu próprio destino. Entre momentos cômicos e dramáticos, o espetáculo fala sobre situações enfrentadas em busca da sobrevivência. O espetáculo que teve sua estréia no dia 22 de setembro no Centro Cultural Arte em Construção, cumpriu temporada em praças e parque pela cidade de São Paulo como Ibirapuera, Parque da Luz, Praça da Sé, Praça do Patriarca, Praça do Correio, Parque da Aclimação e Praça 65!

Atualmente está em temporada no Centro Cultural Arte em Construção para jovens alunos de diversas escolas do bairro como Bibliotecários, Salgado, Fernando Pessoa, Olinda de Menezes, Fernando Mauro.

Além dos grupos das escolas, as apresentações estão abertas a toda comunidade com entrada franca nos seguintes horário:
- 24/10, quarta-feira às 20h00.
- 25/10, quinta-feira às 20h00.
- 26/10, sexta-feira às 09h30.
- 29/10, segunda-feira às 10h00
- 30/10 - terça-feira às 20h00.

A montagem foi viabilizada pelo PAC - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.

Release do espetáculo
Tocando e cantando, um grupo de atores vai de cidade em cidade, de praça em praça, representando o jogo da vida. Numa linguagem vibrante, eles contam histórias incríveis de pessoas comuns, como a do homem que virou cachorro, a do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente e até a do Chiquinho da Silva, que queria tanto se dar bem que acabou sendo cúmplice - “laranja” de um genocídio internacional. São eles culpados ou inocentes de seus destinos?. A rua, hoje palco do espetáculo, é o cenário cotidiano destas tragédias, comédias e dramas urbanos que muitos não querem ver. Seja por um pão, ou por nosso próximo sonho, nosso sangue se derrama neste ringue. Nascemos e morremos todos os dias. Mesmo que as histórias contadas pareçam estar distante de nós ou ser pura invenção... cuidado! Porque se ainda não aconteceu com você, um dia pode acontecer...

Serviço:
Espetáculo: “Histórias Para Serem Contadas”, com o grupo POMBAS URBANAS
Direção: Hugo Villavicenzzio
Cenário e Figurino de Márcio Tadeu
Duração: 90 minutos
Data: 22 de setembro
Local: Avenida dos Metalúrgicos, nº 2.100, bairro Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo - SP
Horário: 19h00
Entrada Gratuita
Informações pelo fone: (11) 6285-5699
Censura: Livre

Ficha Técnica
Direção: Hugo Villavicenzzio
Cenário e Figurino: Márcio Tadeu
Direção Musical: Marcello Ribeiro
Operadora de som: Ellen Rio Branco
Contra-regra: Paulo Maia
Artista gráfico: Diego Rojas
Elenco:
Adriano Mauriz - Camelô e Italiano / Bumbo e Voz
Juliana Flory - Lúcia, Mulher do Chiquinho e Cidinha / Sanfona e Voz
Marcelo Palmares - Homem Cachorro / Côco, Chocoalho e Voz
Marcos Khaju - Dentista e Norte-americano / Côco e Voz
Paulo Carvalho - Chiquinho da Silva / Bumbo, Violão e Voz

SOBRE O POMBAS URBANAS E O CENTRO CULTURAL
O grupo de teatro Pombas Urbanas nasceu em 1.989 a partir do projeto Semear Asas elaborado pelo diretor Lino Rojas com o objetivo de formar atores com jovens moradores do bairro de São Miguel Paulista, periferia da zona leste de São Paulo. O trabalho teatral tornou-se um projeto de vida para os jovens que desde então desenvolveram constante pesquisa teatral, montando um repertório de espetáculos de teatro de rua, adultos e infantis que recebeu prêmios e foi apresentado em países como Peru, Chile, Cuba, Venezuela, Uruguai, Colômbia e Espanha.
Em 2002, o grupo criou o Instituto Pombas Urbanas com o objetivo de desenvolver projetos de transformação social através da Arte com outro jovens e de forma integrada a uma comunidade. Em contato com a Cohab SP, obteve a concessão em regime de comodato por 20 anos de um galpão totalmente destruído no bairro Cidade Tiradentes. Após transferir sua sede para Cidade Tiradentes e a maioria de seus integrantes terem mudado-se para o bairro, o Instituto deu início ao projeto. Através de parcerias conseguiu colocar uma cobertura no galpão, reformou banheiros, piso, fez a instalação elétrica e pintura. As portas foram abertas para a comunidade em abril de 2.004 com uma intervenção teatral. Desde então, o Instituto realiza o Programa “Arte em Construção”, que tem por objetivo promover o desenvolvimento Humano e Cultural principalmente de crianças, adolescentes e jovens do bairro. O nome “Arte em Construção” simboliza a construção de um Centro Cultural, um espaço físico para as atividades culturais e ao mesmo tempo, a construção de uma qualidade de vida melhor para crianças, adolescentes e toda comunidade. O eixo da transformação é a Arte, sendo empregada como um instrumento de formação humana para a emancipação e o crescimento global dos indivíduos. Atualmente, o Instituto oferece no Centro Cultural cursos de Teatro, Circo, Dança, Música, Pintura, Grafitte e Informática para crianças, adolescentes e jovens, faz uma programação constante de espetáculos teatrais e filmes para crianças e adultos. Estruturou uma biblioteca comunitária com livros doados pela comunidade e realiza projetos de incentivo a leitura, fanzine, graffiti, teatro, com a comunidade. Atualmente, cerca de 200 moradores freqüentam o galpão diariamente (seja para participar dos cursos, ter lazer, utilizar a biblioteca ou o telecentro) e identificam no galpão um espaço para seu desenvolvimento individual e coletivo. O trabalho realizado com jovens e adolescentes resultou na formação de um grupo de teatro com 10 jovens da comunidade que estão aprofundando seus conhecimentos artísticos e de organização coletiva para a produção teatral. Desta forma, o Instituto Pombas Urbanas pretende fortalecer um projeto cultural para a comunidade, multiplicar sua experiência artística em Cidade Tiradentes e formar jovens gestores para o galpão que nasceram e cresceram no bairro.

SOBRE O AUTOR
O dramaturgo argentino OSVALDO DRAGÚN (1929 - 1999) nasceu na província de Entre Ríos. Começou no teatro independente de Buenos Aires. Seus primeiros trabalhos como autor não chegaram a ser montados, é o caso de “O Grão Duque desapareceu”de 1947, ou tiveram uma modesta repercussão, como “Uma gota de água no mar”, “Eram oito no bosque”, “Como una copa de cristal”. Teve projetado seu nome definitivamente em 1956 com o drama histórico-alegórico, “A peste chega de Melos”. A partir dessa data ele desenvolve uma pródiga produção dramatúrgica para o teatro, o cinema e a televisão, tanto na Espanha como na Argentina. Chegando a converter-se num autor emblemático da sua geração. Seus textos abordam temas históricos, quadros sociais de cor local e dramas de intimismo psicológico. Entre suas peças destacam-se: “Tupac Amaru” (1957), “Histórias para serem contadas” (1957), “O Jardim do Inferno” (1961), “E nos disseram que éramos imortais” (1962), “Um domingo maldito” (1968), “Milagre no mercado velho” (1963), “Heróica de Buenos Aires” (1966), “Histórias com cárcere” (1973), “Ao Violador” (1982), “Voltar para Havana” (1988) e “Os Alpinistas” (1989). Adaptou para o cinema “Os da mesa dez”, em colaboração com Andrés Lizárraga. Nos anos 1990 compartilhava a direção da EITALC - Escola Internacional de Teatro da América Latina e do Caribe, e a direção do grupo La Campana.