Operação Baixas Temperaturas: capital reforça ações para nova onda de frio

População também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da Central 156; ações foram reforçadas com a abertura de abrigos emergenciais

Uma nova frente fria deve chegar a capital paulista nos próximos dias e, nesse período, a Prefeitura de São Paulo intensifica as ações da Operação Baixas Temperaturas, que prevê o acolhimento das pessoas em situação de rua. A operação segue até 20 de setembro e é reforçada sempre que a temperatura atingir um patamar igual ou inferior a 13°C ou sensação térmica equivalente.

Desde o último dia 15 de julho, as ações para acolhimento das pessoas em situação de rua foram ampliadas com a implementação de quatro abrigos emergenciais e, além disso, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) também está utilizando cinco ônibus em pontos de grande concentração desse público para agilizar o transporte de um número maior de pessoas.

O número de orientadores socioeducativos nas ruas durante a madrugada para abordagem e encaminhamento das pessoas para os abrigos aumentou de 30 para 50 – aumento de mais de 50%. Equipes ligadas à Secretaria Municipal da Saúde também estão auxiliando nos atendimentos daqueles que necessitam de ações especificas de saúde. As ações de abordagem das equipes de assistência social também foram reforçadas com mais dez veículos.

Os orientadores socioeducativos dos Serviços Especializados de Abordagem Social (SEAS) atuam diariamente, das 8h às 22h, fazendo abordagens em pontos estratégicos da cidade, ofertando encaminhamentos (para as pessoas que aceitam) a rede de acolhimento e outros serviços da rede pública.

No período das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS), que deve ser acionada via Central 156. Apenas na última madrugada o serviço promoveu 453 encaminhamentos para acolhimento nos serviços da rede.

Assim como em todas as estações do ano, às pessoas em situação de rua podem procurar os serviços espontaneamente, e caso o local procurado já tenha a sua ocupação total preenchida, os profissionais que atuam nos serviços deverão prestar o primeiro atendimento, protegendo-os do frio enquanto articulam uma vaga na rede de acolhimento do município.

Nos serviços de acolhimento às pessoas em situação de rua podem tomar banho (recebem um kit de higiene), guardar seus pertences no bagageiro, ter acesso a refeições (café da manhã, almoço e jantar), pernoite (com camas, travesseiro e cobertor), além de receber o atendimento

A população também pode ajudar

A população também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da CPAS, que funciona 24 horas por dia e pode ser acionada pela Central 156.

A solicitação pode ser anônima, mas é importante ter as seguintes informações para facilitar a identificação:

- O endereço da via em que a pessoa em situação de rua está (o número pode ser aproximado);

- Citar pontos de referência;

- Características físicas e detalhes de como a pessoa a ser abordada está vestida.

Balanço

Desde o dia 22 de maio, quando se iniciou a Operação, a rede de Centros de Acolhida e Centros Temporários de Acolhimento (CTAs) da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) já registrou mais de 821 mil acolhimentos (uma mesma pessoa pode ter sido acolhida em todos os dias de operação e entrar várias vezes na soma). Desse total, mais de 13.958 atendimentos foram durante os plantões (noite/madrugada) da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS), que pode ser acionada via Central 156.