Prefeitura de São Paulo inicia vacinação contra a covid-19 em coletores de resíduos de saúde da capital

A imunização começou no final do mês de março e deve vacinar ao todo 342 colaboradores, entre coletores, motoristas e equipes operacionais que atuam com resíduos coletados em hospitais e clínicas médicas

 
 

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB), iniciou a vacinação contra a covid-19 em cerca de 342 colaboradores que atuam na Loga e Ecourbis, concessionárias de coleta e tratamento dos resíduos de saúde da capital. Até o momento, 256 colaboradores já receberam a primeira dose e até o final de abril, todos os funcionários estarão imunizados com as duas doses da vacina.

Considerado como serviço essencial, a coleta e o transporte dos resíduos de saúde atendem cerca de 29 mil estabelecimentos na capital, como hospitais, farmácias, clínicas médicas, odontológicas e veterinárias, que geram em média 160 toneladas de resíduos por dia. Depois de coletados, os resíduos dos serviços de saúde são levados para as duas unidades de tratamento, onde são esterilizados por meio do processo de autoclavagem e depois triturados. Após o tratamento, esses materiais se tornam resíduos sem risco biológico.

 

 

Desde o início da pandemia, a Prefeitura garantiu o funcionamento de todos os serviços de coleta e limpeza pública do município, incluindo a coleta de saúde e das duas centrais de tratamento de resíduos de serviços de saúde.

 

Comportamento dos resíduos de saúde durante a pandemia


 

Em análise do primeiro ano de quarentena na cidade, o comportamento dos resíduos hospitalares produzidos por grandes geradores, locais que geram mais de 20kg de resíduos de saúde por dia, como os hospitais e clínicas, apresentou um aumento de 17% e seguiu o previsto devido a pandemia do novo coronavírus, onde já era estimado o aumento no número de pacientes nos hospitais. Durante esse período foram coletadas cerca de 39 mil toneladas de resíduos de saúde, contra 33.4 mil toneladas durante o mesmo período de 2019.

Outro fator que impactou diretamente no aumento dos resíduos hospitalares, é nota técnica emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020), onde determina que todo material que entre em contato com pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19 deve ser considerado como infectante (restos de comida, vestuário dos médicos e pacientes, etc.). Portanto, esses resíduos passaram a ser coletados e destinados para as unidades de tratamento de resíduos de saúde da capital.


 

Já os pequenos gerados de saúde, estabelecimentos que produzem menos de 20kg por dia, como clínicas odontológicas, veterinárias, estúdios de tatuagem, entre outros, tiveram uma pequena variação nos dados: um aumento de 23 toneladas em relação ao período anterior à quarentena. Com a reabertura gradual desses estabelecimentos em agosto do ano passado, as quantidades recolhidas voltaram aos níveis parecidos com os de 2019, quando foram coletadas 9.15 mil toneladas de resíduos de saúde, enquanto no período de quarentena foram recolhidas 9.17 mil toneladas – um aumento de 0,2%.


Estima-se que esse resíduo não tenha sofrido muitas variações devido ao fechamento temporário dos estabelecimentos, devido às restrições de funcionamento.
 

Plano de Contingência
A AMLURB apresentou em março de 2020 um plano de contingência de gestão de resíduos sólidos para a cidade de São Paulo, em razão da pandemia do COVID-19. O plano, que está sendo aplicado conforme as mudanças do cenário da pandemia, foi dividido em três etapas: preventivas, administrativas e operacionais. Essas medidas visam garantir a proteção da saúde pública, dos colaboradores e prevenir a disseminação do vírus.

Para o descarte seguro do lixo, o plano de contingência orienta que os materiais sejam ensacados 2 (duas) vezes em sacos resistentes, descartáveis e com enchimento de até dois terços da sua capacidade. A AMLURB ainda ressalta que possíveis resíduos contaminados como lenço, papel higiênico, luvas e máscaras devem ser acondicionados em um saco plástico, com um nó na ponta e depois descartados no lixo comum.


Confira o plano na íntegra: https://tinyurl.com/2tsxzu32