Salgadinho de pacote, bolacha recheada, sorvete, macarrão instantâneo, bebidas açúcaradas, pizza congelada, hambúrguer, nuggets, batata frita, refrigerante são exemplos de alimentos hiperpalatáveis, ou seja, são aqueles alimentos que possuem um super sabor. Eles têm uma formulação que combina uma quantidade enorme de sal, açúcar, gordura e aditivos que agem no cérebro de uma forma que nenhum alimento natural consegue.

Os alimentos hiperpalatáveis oferecem sabor intenso e gratificante, o que os tornam difíceis de parar de comer. Estes alimentos viciam o paladar fazendo com que as crianças recusem outros alimentos de sabor não tão intenso, facilitando o estabelecimento da seletividade alimentar, ou seja, a criança acha a fruta doce até consumir um biscoito recheado, depois passa a recusá-la.

Neste contexto, a exposição à alimentos hiperpalatáveis, de composição nutricional desiquilibrada, com alto valor calórico, favorece o surgimento de doenças crônicas não trasmissiveis na infância como a obesidade infantil, a hipertensão, a hipercolesterolemia, o diabetes mellitus tipo II e as doenças cardiovasculares.

Considerando a forte influência publicitária destes produtos, é necessário avaliar o ambiente alimentar em que as crianças estão inseridas e orientá-las para práticas alimentares mais saudáveis, tendo como base os alimentos in natura.

Referência:
REBRINC – Rede Brasileira Infância e Consumo