Período de isolamento social é marcado por menos lixo nas ruas e aumento da reciclagem nas residências

Levantamento realizado pela Prefeitura aponta queda de mais de 50% nos dados de varrição, em decorrência do menor volume de resíduos nas ruas, e aumento de 25% na coleta seletiva

 
Divulgação: Amlurb

 

A primeira quinzena do mês de abril apresentou resultados positivos na gestão de resíduos sólidos na capital paulista. Levantamento feito pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), aponta uma queda de aproximadamente 55% nos dados de varrição, em decorrência do menor volume de resíduos nas ruas, 12% na coleta comum e aumento de 25% na coleta seletiva. Esses números, que são dados preliminares, podem estar ligados a uma maior adesão dos paulistanos à reciclagem, assim como uma menor geração de resíduos nas ruas durante o período de quarentena por causa do coronavírus.

O serviço de coleta domiciliar comum, que inclui atendimento as residências e estabelecimentos comerciais pequenos geradores (que geram até 200L/ dia) tiveram uma redução de 12% nos quantitativos. Estima-se que essa redução se deve ao fechamento temporário de serviços presenciais não essenciais no município. Por outro lado, a coleta seletiva chegou a crescer 25% na primeira quinzena deste mês, em relação ao mesmo período do ano anterior. Na quinzena, este ano, foram coletadas 4 mil toneladas de recicláveis. No mesmo período em 2019 foram recolhidas 3,2 mil toneladas.



O destino dos resíduos recicláveis continua sendo as Centrais Mecanizadas de Triagem, que possuem capacidade operacional de 500 toneladas de resíduos por dia (250 cada). Anteriormente, as Centrais operavam com metade da produção. Agora, com o aumento de recicláveis, operam com cerca de 70% da capacidade.


Varrição

Em relação aos dados de varrição, nos primeiros 15 dias deste mês foram recolhidas 1,8 mil toneladas de resíduos, enquanto foram coletadas 4,1 mil toneladas em 2019. Ao todo, foram registradas cerca de 2 mil toneladas a menos - o que representa uma queda de mais de 50%.

Estima-se que a menor produção de lixo nas ruas se deve também à diminuição de pessoas nas ruas, já que os planos de trabalho de limpeza não sofreram reduções e sim, ampliações. É o caso da ampliação das equipes de limpeza e lavagens em torno dos hospitais, pontos de ônibus e terminais de trem e metrô da capital.