Em resposta à reportagem publicada pelo jornal Agora e pelo site da Folha de S. Paulo/UOL na quarta-feira, 16 de novembro, a Prefeitura de São Paulo esclarece que utilizar o ano de 2012 como parâmetro de comparação não é o correto, pois trata-se de um ponto fora da curva na questão da limpeza pública. 2012 foi quando as empresas SOMA e INOVA assumiram os serviços de varrição e limpeza e tiveram que fazer enorme esforço para retirar o grande volume de lixo que se acumulava nas ruas da cidade em função do final dos contratos anteriores, o que resultou em um aumento no volume de resíduos varridos na cidade naquele ano em relação ao anterior (97.772,23 toneladas em 2011 para 134.927,59 toneladas em 2012).

De fato, comparando os anos de 2013, 2014 e 2015, tivemos sim uma redução no volume varrido, mas na ordem de 9,75%, o que pode ser explicado pelo trabalho das campanhas educativas realizadas, quase duplicação do número de ecopontos (52 em 2013 para 98 em 2016) e duplicação da coleta seletiva no período (40 mil toneladas em 2012 para 86.110 toneladas em 2015).

Em termos de volume geral coletado pelas empresas de varrição e limpeza, envolvendo todas as operações – varrição, limpeza de feiras, de bueiros, de pontos viciados etc – os números estão estáveis desde 2013. Aqui também o ano de 2012 é um ponto fora da curva, como demonstram os dados relativos a uma das empresas, a INOVA: 2012: 428.689 toneladas; 2013: 392.203; 2014: 379.842; e 2015: 385.838 toneladas.

Sobre o aumento de reclamações na Ouvidoria destacado pela reportagem no período de 2012 a 2015, esclarecemos que os dados da Ouvidoria tratam de todas as situações referentes à limpeza pública: coleta, varrição, limpeza de córregos etc. Mas, para fins de aferir a qualidade dos serviços de limpeza pública, a Prefeitura utiliza os dados dos Serviços de Atendimento ao Cidadão (SAC) e do 156, que vêm apresentando uma média de 150 mil procuras por ano, entre reclamações e solicitações de serviços, com tendência de queda para 2016. Além disso, os SACs foram criados somente em junho de 2012, o que desqualifica o ano para efeito de comparação.

Os dados acima demonstram efetivamente que os serviços de limpeza na cidade de São Paulo não tiveram queda de qualidade como sugere a reportagem.

AMLURB – Autoridade Municipal de Limpeza Urbana/PMSP