Secretaria de Serviços e Amlurb marcam presença em congresso mundial de resíduos

Promovido em São Paulo com as principais autoridades do setor, evento foi aberto nesta segunda-feira (8/9) e prossegue até quinta (11/9)

Os avanços na coleta seletiva em São Paulo e os principais projetos da Prefeitura nesta área, executados pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), foram destacados pelo secretário de Serviços, Simão Pedro, durante a abertura do Congresso Mundial de Resíduos Sólidos da ISWA (International Solid Waste Association), nesta segunda-feira (8/9). Promovido no Hotel Sheraton, na Capital, o evento prossegue até a próxima quinta (11/9) e é o maior do setor no âmbito global.

Simão compôs a mesa de convidados representando o prefeito Fernando Haddad, que teve de se ausentar para resolver as demandas relacionadas ao incêndio ocorrido em Campo Belo, nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, no último domingo. Além do secretário, outras autoridades marcaram presença no início das atividades do evento: o secretário estadual do Meio Ambiente, Rubens Naman Rizek Júnior; o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério das Cidades, Ney Maranhão; o presidente da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública), Carlos Silva Filho; e o presidente da ISWA, David Newman.

O secretário de Serviços ressaltou a importância da inauguração das duas centrais mecanizadas de triagem de resíduos, Ponte Pequena e Carolina Maria de Jesus (essa última em Santo Amaro), que estão inseridas na meta da administração de saltar de 1,8% para 10% o percentual da coleta seletiva, até 2016. "Nossa gestão tem dado prioridade absoluta para que se construa uma política moderna para os resíduos em São Paulo", afirmou Simão, que fez questão de frisar que todo o processo não exclui a participação das cooperativas de catadores de resíduos.

A universalização da coleta seletiva (atendimento em todas as ruas de cada distrito) também foi destacada por Simão como meta fundamental da atual gestão. Atualmente, dos 96 distritos paulistanos, 75 contam com coleta seletiva parcial ou total. Simão mencionou ainda os projetos da Secretaria na área de reciclagem de resíduos orgânicos, como a compostagem nas feiras e entrega de composteiras domésticas.

Simão salientou ainda o aspecto democrático do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São Paulo (PGIRS), lançado pela Prefeitura em abril último. "É um plano que foi amplamente discutido pela sociedade, mas não estamos fechados para contribuições e sugestões que podem surgir durante este Congresso."

Urgências

Anfitrião do evento, David Newman, presidente da ISWA, observou que há muitas urgências ambientais – em Gana, por exemplo, há um lixão com dois milhões de toneladas -, e a entidade tem trabalhado com as agências de fomento para salvar a população mundial da situação degradante gerada pela falta de gestão dos resíduos sólidos. "Uma das principais dificuldades é a falta de financiamento para os programas de gestão de resíduos, seja da parte das agências de fomento e até mesmo do Banco Mundial. Do total de US$ 230 bilhões financiados em iniciativas de diversos setores, por parte dessas instituições, apenas US$ 510 milhões se destinaram à gestão do lixo".

Newman destacou que a ISWA tem trabalhado por meio de parcerias com inúmeras instituições, como IFC, CCAC e UNIDO, e o apoio de muitos voluntários. Há grupos de trabalho em diversos países, e a entidade tem promovido mais de 60 eventos de treinamento de gestores. Os efeitos dessas iniciativas já podem ser vistos principalmente na Europa.

"Iniciativas de conscientização da população, treinamento de gestores, desenvolvimento de programas de gestão dos resíduos e de reciclagem, além da redução do consumo de papel devido ao impacto das mídias digitais, poderão fazer com que o volume de resíduos gerado em 2020 seja semelhante ao de 1990", estima o presidente da ISWA.

Para mais informações sobre o Congresso Mundial de Resíduos Sólidos da ISWA, acesse: www.iswa2014.org