Prefeitura promove segunda audiência pública para debater PPP da Iluminação Pública

Edital deverá ser lançado em janeiro. Expectativa é que contrato com empresa vencedora seja assinado ainda no primeiro trimestre de 2015



A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Serviços, realizou nesta sexta-feira (05/12), no auditório do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, a segunda audiência pública para a apresentação e discussão do modelo da parceria público-privada da iluminação pública da capital paulistana, que prevê a modernização, expansão e manutenção de toda a rede de iluminação pública da cidade, composta por cerca de 580 mil pontos de iluminação.

Além de dirimir dúvidas e questionamentos de representantes da iniciativa privada e da sociedade, o objetivo da audiência foi ampliar o leque de sugestões que podem ser úteis na elaboração do edital de licitação. Na primeira audiência, realizada em 13 de novembro e que participaram 183 pessoas, foram coletas 18 contribuições (sugestões ou pedidos de esclarecimentos). Em paralelo às audiências, também foi realizada uma consulta pública (14 de outubro a 24 de novembro), em que 39 pessoas físicas, empresas ou consórios encaminharam 636 contribuições.

Na audiência desta sexta-feira, além do secretário de Serviços, Simão Pedro, participaram o diretor de Parcerias Público-Privadas e Concessões da SP Negócios, Fernando de Paiva Pieroni, o diretor do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), Alberto Serra, e o superintendente de projetos da SP Negócios, Marco Aurélio de Barcelos Silva.

Para tornar a competição mais acirrada, o edital será aberto para a concorrência internacional. A empresa vencedora terá cinco anos para modernizar a rede de iluminação, além de eliminar todos os pontos escuros da cidade. Logo no primeiro ano, a previsão é que, ao menos, mil quilômetros de vias tenham sido remodelados, além da inauguração de um Centro de Controle Operacional, que permitirá que se saiba, em tempo, real onde estão ocorrendo as falhas. O plano da modernização está alinhado com o Plano Diretor da cidade e deverá, em um primeiro momento, dar prioridade às áreas consideradas mais violentas e/ou que abrigam equipamentos públicos de uso noturno, como escolas, hospitais e terminais de ônibus.

A remuneração da empresa vencedora será limitada aos recursos da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), valor pago pelo contribuinte na conta de luz, atualmente em R$ 25,4 milhões/mês. Ou seja, sem ônus adicional ao Tesouro Municipal. A garantia de adimplemento está baseada em dois pilares: o primeiro é a vinculação das receitas da Cosip com despesas de custeio das atividades de iluminação pública; o segundo é o fato de que esses recursos ficarão sob a administração de um agente fiduciário que será responsável por efetivar os pagamentos diretamente ao parceiro privado.

Além da melhora na qualidade de luz, com superior índice de reprodução de cor, espera-se que a PPP contribua, entre outros pontos, para a valorização das calçadas em toda a cidade, redução dos atropelamentos no período da noite, diminuição da criminalidade, reocupação dos espaços urbanos e redução para menos de 1% de lâmpadas apagadas à noite.

A PPP da Iluminação Pública teve origem em outubro do ano passado, quando, por meio de um chamamento público, 41 empresas se inscreveram para apresentar modelos de modernização do parque de iluminação da cidade, das quais 34 foram autorizadas a desenvolver estudos. No final, 11 consórcios apresentaram propostas, que foram incorporadas ao edital, que deverá ser lançado em janeiro. A estimativa é que conclusão do processo licitatório aconteça primeiro trimestre de 2015.