PPP deverá iluminar toda São Paulo com LED

A afirmação é do secretário Simão Pedro, para quem as PPPs possibilitam a busca com mais rapidez de novas tecnologias visando a eficientização da iluminação pública

Aumentar os níveis de iluminação da cidade e dessa forma contribuir para a melhoria da qualidade de vida do cidadão paulistano. Esse é o objetivo do programa “São Paulo Mais Iluminada” que vem sendo colocado em prática desde janeiro do ano passado pela Secretaria de Serviços, por meio do Departamento de Iluminação Pública (Ilume).

Por esse programa, até agosto deste ano, os números apontam para um total de 168,7 mil unidades remodeladas (substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por de vapor de sódio), além da instalação de 31.250 novos pontos de iluminação (inclui cerca de 9 mil pedonais, iluminação voltada para as calçadas), o que eleva a composição do parque luminotécnico do município para cerca de 600 mil lâmpadas.

O programa, que contempla as 32 subprefeituras, absorveu até agora investimentos de R$ 205 milhões utilizados em obras como a modernização e remodelação do corredor Norte-Sul (vai da Praça Campos de Bagatelle, na Zona Norte, ao Aeroporto de Congonhas, Zona Sul), que recebeu 742 pontos de iluminação de LED e 748 luminárias com lâmpadas de vapor metálico (luz branca), a remodelação e ampliação da Avenida Radial Leste e entorno da Arena Corinthians, que passou a contar com cerca de 2 mil pontos com lâmpadas de vapor metálico, e iluminação de destaque em monumentos como o Páteo do Colégio, Biblioteca Mário de Andrade, Parque do Carmo, Viaduto do Chá e Praça das Bandeiras, que passaram a ser iluminados por meio de LED.

Porém, apesar do esforço que vem sendo empregado para a sua modernização, ressalta-se que a atual gestão municipal recebeu uma rede de iluminação praticamente obsoleta. “Equipamentos antigos e problemas no monitoramento dos ativos e falhas contribuem para os baixos níveis de luminosidade, o que gera um enorme custo ao município, cerca de R$ 300 milhões por ano. Esse quadro levou a prefeitura paulistana, a partir da gestão Haddad, a pensar em um novo modelo para a sua modernização, daí a busca pela formação de uma parceria público-privada, que deverá acontecer a partir do próximo ano”, destaca Simão Pedro, secretário de Serviços.

Para Simão Pedro, partir para uma PPP significa “tornar a cidade mais confortável e bonita”. Por meio dela, disse, é possível partir com mais rapidez para a adoção de novas tecnologias visando a eficientização e o menor custo de energia, administrar o sistema por meio de uma gestão inteligente, ou seja, que permita acesso em tempo real às condições da rede, e a eliminação dos déficits de pontos de luz com maior rapidez diante do crescimento vegetativo da cidade.

Simão Pedro destacou que a intenção de se buscar uma PPP visa substituir toda a iluminação da cidade por lâmpadas de LED. Hoje, esse tipo de lâmpada responde apenas com 3% de todas as lâmpadas instaladas.

Para relembrar

Por meio de um Chamamento Público, em outubro do ano passado, 41 empresas se cadastraram como interessadas em apresentar estudos técnicos e modelagem de projetos de Parceria Público-Privada para modernização, otimização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de São Paulo.

Destas, 34 foram habilitadas e passaram a ser identificadas como agentes empreendedoras. Em março deste ano, foram recebidos 11 estudos preliminares que foram submetidos à análise de uma Comissão Especial de Avaliação. Em 14 de julho, essa comissão conclui suas observações e encaminhou um relatório para o Conselho Gestor do Programa de `Parcerias Público-Privadas (CGP), formado pelos secretários das pastas de Serviços, Finanças, Governo, Negócios Jurídicos e de Planejamento para a emissão de um parecer.

Após essa etapa, será elaborada uma minuta de edital, que será levada a uma consulta pública. O próximo passo é o lançamento do edital definitivo.

Dados da Iluminação Pública de São Paulo

• Aproximadamente 600 mil lâmpadas, sendo: 90% de vapor de sódio; 6% de vapor de mercúrio; 3% de LED; e 1% de outros tipos
• Extensão de cabos: cerca de 13 mil km, dos quais 93% por rede aérea.
• Transformadores próprios: cerca de 16 mil
• Postes próprios: aproximadamente 44 mil
• Arrecadação média mensal (Cosip): R$ 22,6 milhões
• Consumo médio mensal de energia: 47 GWh/R$ 8,3 milhões
• Média mensal de furto de cabos: 87 km
• Receita Anual Estimada: R$ 300 milhões
• Despesa Anual Estimada: R$ 300 milhões, dos quais:
- R$ 150 milhões são destinados à manutenção e operação da rede
- R$ 122 milhões ao consumo de energia