Abelhas

Existem cerca de 20.000 espécies de abelhas. As mais conhecidas são as comumente denominadas abelhas africanizadas (mistura da abelha africana com a européia) que podem causar acidentes, devido a inoculação de veneno com ferrão. Existem também as chamadas abelhas nativas, as quais em sua grande maioria não têm ferrão nem veneno (arapuá, jataí, mandaçaia, entre outras) e, normalmente, enroscam no cabelo quando importunadas. Como não inoculam veneno, não são passíveis de controle, além de serem protegidas por lei ambiental. Encontramos ainda as mamangavas, abelhas grandes e solitárias, com ferrão e veneno, que em geral fazem seus ninhos no solo ou em ocos de árvores.

 

As abelhas são consideradas insetos úteis porque:

  • contribuem para a fecundação das flores, propiciando aumento da produção de frutos e grãos (polinização);
  • produzem o mel e a geléia real, importantes fontes energética e nutritiva;
  • produzem o própolis a partir de substâncias resinosas dos brotos e cascas de vegetais, o qual atua como antibiótico natural.

 

Na sociedade das abelhas, distinguem-se 3 tipos de indivíduos: rainhas (possuem ferrão, utilizado somente para postura dos ovos), zangões (sem ferrão) e operárias (que possuem ferrão).

Alimentam-se do néctar e pólen que retiram das flores, levando-os para a colméia e armazenando-os em favos, sendo que todo trabalho da colméia (coleta de pólen, néctar e própolis, limpeza, defesa, construção de favos e alimentação das larvas) é realizado pelas operárias.

Em épocas de escassez de néctar, algumas vezes invadem residências, confeitarias, panificadoras e outros locais à procura de açúcar; mas mas não são defensivas neste momento, não aplicam ferroadas a menos que alguém as apalpe, esmague ou tente afugentá-las com movimentos bruscos. Nestes casos, é comum avistarmos uma abelha e depois várias delas. Este fato ocorre porque quando uma abelha descobre uma fonte de alimento, “avisa” as outras na colméia. Nesta situação, recomenda-se retirar o alimento do local ou impedir o acesso das abelhas ao mesmo.

A presença de algumas abelhas sobrevoando o local não representa um fator de risco para as pessoas e nem indica presença de colméia próxima deste local, já que as abelhas podem percorrer longas distâncias a procura de alimento.

Ciclo de vida

Uma colméia de abelhas Apis mellifera (africanizada) contém, em média, 50 a 60 mil indivíduos, sendo a maioria composta por operárias, alguns zangões e apenas uma rainha. O tempo de vida varia: a rainha vive em média de 2 a 5 anos, o zangão cerca de 80 dias e as operárias de 32 a 45 dias. Todos estes indivíduos sofrem metamorfose completa, isto é, passam pelas seguintes fases:

 Ovo => Larva => Pupa => Adulto

A rainha é a única fêmea fértil e, depois de fecundada por vários zangões, armazena os espermatozóides por toda a vida, podendo colocar até 2 mil ovos por dia na época das floradas. Dos ovos podem nascer operárias (fêmeas estéreis) e novas rainhas, o que vai depender do tipo de alimentação que a larva recebe. Já os zangões (machos da colméia), nascem de óvulos não fecundados.

Em determinadas condições, tais como uma colmeia muito populosa, uma parte das abelhas pode abandonar sua morada à procura de novo abrigo e constituem o que se denomina de enxame viajante.


O enxame viajante é a colméia migrante composta, via de regra, por uma rainha-mãe acompanhada de uma boa parte das abelhas operárias e zangões. Os enxames viajantes em geral são pouco defensivos, porque estão com as atenções voltadas para a sobrevivência da colméia e a guarda da sua rainha. A defensividade é muito esporádica e ocorre em situações em que as abelhas se sentem agredidas ou em situação de risco.

As abelhas quando estão enxameando levam uma reserva de mel nos papos e tem dificuldade para dobrar o abdômen e ferroar. De vez em quando elas pousam para descansar; é quando se amontoam em um local formando um "cacho" em torno de sua rainha e se abrigam em locais como cobertura de garagem, árvores e outros.

Algumas operárias ficam voando à procura de abrigo definitivo que lhes ofereça proteção total, como forros de telhado, porões, muros ocos, caixotes, móveis vazios e abandonados entre outros. Quando encontram estes abrigos, migram para este local e começam a construção dos favos, dando início a uma nova colméias.

Medidas preventivas

Na realidade não se pode prever a chegada de um enxame e/ou estabelecimento de uma colméia num local. Porém, existem algumas orientações importantes a fim de evitar acidentes.

Em caso de enxame viajante ou colméia instalada:

• Não jogar nenhum produto sobre o enxame ou colméia, como álcool, querosene, água ou inseticida, porque neste caso elas podem se sentir ameaçadas e ferroar;
• Retirar do local ou das proximidades pessoas apavoradas, alérgicas à picada de abelhas, crianças e animais;
• Não bater, ou tocar ou fazer movimentos bruscos e ruidosos próximos à colméia;
• Quando constatada a presença de colmeia/vespeiro instalado em locais que representem risco à saúde da população, entrar em contato com o telefone da Central SP 156, pela internet no Portal de atendimento SP156:, ou nas praças de atendimento das Prefeituras Regionais, para solicitar o atendimento;
• Em caso de reincidência de instalação da colméia no mesmo lugar, deve-se tomar providencias no sentido de eliminar esse abrigo, como, por exemplo, vedar frestas ou buracos por onde elas adentraram, remover materiais inservíveis (caixotes, móveis, pneus, etc) entre outros.
 

Agravos para a saúde

A abelha que possui ferrão na região posterior do corpo e que serve para inocular veneno é considerada um animal peçonhento. Sua picada pode causar reações alérgicas, cuja gravidade depende da sensibilidade do indivíduo, local e número de picadas, sendo aconselhável procurar atendimento médico em caso de acidente.

 

 

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