PREFEITURA DE SÃO PAULO

Causas Multiplas de morte

TabNet

06/10/2009 10h27

Informações e orientações

O PRO-AIM está disponibilizando, através do TabNet, a tabulação de causas múltiplas de morte. Diferentemente da tabulação da causa básica, em que para cada morte é atribuída uma única causa, na tabulação de causas múltiplas são considerados todos os diagnósticos registrados no atestado. Trata-se de um banco de diagnósticos, portanto, com um número de registros maior do que o número de óbitos, já que cada óbito pode apresentar em média 3 a 4 diagnósticos. Há situações, no entanto, em que o número de diagnósticos pode também ser superior ao número de afecções existentes. Isso decorre da própria estrutura do atestado que pressupõe o registro de uma cadeia de eventos, onde é comum o registro de diferentes fases de uma mesma doença ou de diagnósticos diferentes que são classificados em um mesmo código. Por exemplo, é comum encontrarmos:

Parte I

  1. Infarto agudo do miocárdio
  2. Insuficiência coronariana
  3. Arteriosclerose coronariana

Na realidade, são registradas manifestações de uma mesma doença que são agrupadas como doenças isquêmicas do coração. Este fenômeno é chamado de multiplicação de causas, ou excesso de diagnósticos.

Critérios para eliminação do excesso de diagnósticos (desbastamento)

Para contornar o fenômeno da multiplicação de causas, foram excluídos desses arquivos os registros em que mais de um diagnóstico de determinada classe de causas aparece no atestado. Esse processo é conhecido por desbastamento, ou eliminação do excesso de causas. As classes de causas foram definidas a partir do critério de afeções isoladas. Usualmente, as afecções isoladas são classificadas na CID10 em categorias de três caracteres, sendo o quarto caractere utilizado apenas para identificar localizações ou variedades de uma mesma afecção. Assim, para tabulação de causas múltiplas, consideramos o nível de três caracteres como definidor de classes de afecções isoladas. Se numa Declaração de Óbito (DO) estiverem registrados dois ou mais códigos idênticos ou divergindo apenas pelo quarto caractere, estes pertencerão à mesma classe e será contada apenas uma afecção. Para algumas afecções, a CID10 utiliza mais de um código de três caracteres. Nessas situações, foram definidas classes que extrapolam o limite de categorias de três caracteres. As classes definidas foram: A150-A199, A500-A529, B200-B24, B500-B540, E100-E149, E40-E46, F700-F799, G000-G039, G400-G419, I00-I099, I10-I159, I200-I259, I300-I319, I600-I699, J120-J189, J40-J429, J450-J469, J600-J659, K250-K279, K350-K389, K700-K769, K800-K839, K850-K869, N000-N059, N10-N12, N170-N19, N200-N219, N710-N729, O000-O089, O100-O169, P100-P159, P200-P219, P360-P399, Q000-Q049, Q200-Q249, Q250-Q279.

Tabulação

Os códigos relativos à causa básica da morte também foram reclassificados utilizando-se o mesmo critério adotado para a criação de classes de causas de morte descrita acima. Dessa forma, é possível identificar se determinado diagnóstico foi selecionado como causa básica de morte ou não. Nem todos os atestados têm como causa básica um dos diagnósticos registrados no atestado, pois em algumas situações a causa básica resulta de uma associação de causas, resultando em uma terceira. Por exemplo, se houver no atestado miocardiopatia dilatada (I42.0) devida à arteriosclerose (I70.9), a causa básica será arteriosclerose coronariana (I25.1).