Causas Multiplas de morte

TabNet

Informações e orientações

O PRO-AIM está disponibilizando, através do TabNet, a tabulação de causas múltiplas de morte. Diferentemente da tabulação da causa básica, em que para cada morte é atribuída uma única causa, na tabulação de causas múltiplas são considerados todos os diagnósticos registrados no atestado. Trata-se de um banco de diagnósticos, portanto, com um número de registros maior do que o número de óbitos, já que cada óbito pode apresentar em média 3 a 4 diagnósticos. Há situações, no entanto, em que o número de diagnósticos pode também ser superior ao número de afecções existentes. Isso decorre da própria estrutura do atestado que pressupõe o registro de uma cadeia de eventos, onde é comum o registro de diferentes fases de uma mesma doença ou de diagnósticos diferentes que são classificados em um mesmo código. Por exemplo, é comum encontrarmos:

Parte I

  1. Infarto agudo do miocárdio
  2. Insuficiência coronariana
  3. Arteriosclerose coronariana

Na realidade, são registradas manifestações de uma mesma doença que são agrupadas como doenças isquêmicas do coração. Este fenômeno é chamado de multiplicação de causas, ou excesso de diagnósticos.

Critérios para eliminação do excesso de diagnósticos (desbastamento)

Para contornar o fenômeno da multiplicação de causas, foram excluídos desses arquivos os registros em que mais de um diagnóstico de determinada classe de causas aparece no atestado. Esse processo é conhecido por desbastamento, ou eliminação do excesso de causas. As classes de causas foram definidas a partir do critério de afeções isoladas. Usualmente, as afecções isoladas são classificadas na CID10 em categorias de três caracteres, sendo o quarto caractere utilizado apenas para identificar localizações ou variedades de uma mesma afecção. Assim, para tabulação de causas múltiplas, consideramos o nível de três caracteres como definidor de classes de afecções isoladas. Se numa Declaração de Óbito (DO) estiverem registrados dois ou mais códigos idênticos ou divergindo apenas pelo quarto caractere, estes pertencerão à mesma classe e será contada apenas uma afecção. Para algumas afecções, a CID10 utiliza mais de um código de três caracteres. Nessas situações, foram definidas classes que extrapolam o limite de categorias de três caracteres. As classes definidas foram: A150-A199, A500-A529, B200-B24, B500-B540, E100-E149, E40-E46, F700-F799, G000-G039, G400-G419, I00-I099, I10-I159, I200-I259, I300-I319, I600-I699, J120-J189, J40-J429, J450-J469, J600-J659, K250-K279, K350-K389, K700-K769, K800-K839, K850-K869, N000-N059, N10-N12, N170-N19, N200-N219, N710-N729, O000-O089, O100-O169, P100-P159, P200-P219, P360-P399, Q000-Q049, Q200-Q249, Q250-Q279.

Tabulação

Os códigos relativos à causa básica da morte também foram reclassificados utilizando-se o mesmo critério adotado para a criação de classes de causas de morte descrita acima. Dessa forma, é possível identificar se determinado diagnóstico foi selecionado como causa básica de morte ou não. Nem todos os atestados têm como causa básica um dos diagnósticos registrados no atestado, pois em algumas situações a causa básica resulta de uma associação de causas, resultando em uma terceira. Por exemplo, se houver no atestado miocardiopatia dilatada (I42.0) devida à arteriosclerose (I70.9), a causa básica será arteriosclerose coronariana (I25.1).

  • O que pode ser feito no TabNet de Causas Múltiplas?

    1. Com a opção Menções na janela de Conteúdo:

      1. Verificar a distribuição dos diagnósticos segundo o tipo de óbito, faixa etária, sexo, cor, região geográfica, local de ocorrência. Clicar em Diagnóstico mencionado na linha e a variável a ser analisada na coluna.

      2. Verificar, para determinado diagnóstico mencionado, quais foram as causas básicas de morte selecionadas. Neste caso, deve-se clicar em causa básica na janela linha e selecionar o diagnóstico na janela Diagnóstico mencionado do grupo Seleções Disponíveis.

      3. Verificar, para determinada causa básica, quais são os diagnósticos mencionados. Clicar em diagnóstico mencionado na janela linha e selecionar a causa básica na janela Causa Básica da Morte do grupo Seleções Disponíveis.

      4. Quantificar, no total de diagnósticos, quantas foram selecionadas como causa básica e quantas não o foram. Selecionar na janela Linha a opção Diagnóstico mencionado e na janela Coluna, a opção Causa básica/não básica.

    2. Com a opção Óbitos na janela de Conteúdo:

      1. Verificar qual a distribuição das Causas básicas segundo determinada variável. Selecionar Causa básica na janela Linha e a variável desejada na janela Coluna.

      2. Quantificar o número de diagnósticos por DO. Nesse caso foram considerados todos os diagnósticos informados antes do processo de desbastamento.
        Selecionar na janela Linha a opção nº de diagnósticos por DO, coluna não ativa.

  • Base de dados
    A base de dados utilizada se refere aos óbitos não fetais de residentes e ocorridos no Município de São Paulo.

  • Executar tabulação