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Segunda-feira, 11 de Março de 2024 | Horário: 10:43

Fazer a diferença: Luciana sente-se parte da melhoria dos serviços oferecidos à população

Assistente social do Caps trabalha para levar acolhimento e um olhar diferenciado aos pacientes que vivem uma realidade difícil e desafiadora

Em 2017, aos 44 anos, Luciana Reis Oliveira tornou-se a primeira mulher da família a obter o diploma universitário. Formada em Serviço Social, inspirou-se na própria vivência para seguir carreira na área. Apesar das dificuldades que teve para chegar até a universidade, ela conta que a idade nunca foi um impeditivo para estudar. O receio que tinha era o de talvez não poder dar continuidade ao curso devido a compromissos pessoais e financeiros, como ser mãe solo de dois filhos, Maurício e Kauê, pagar aluguel e conciliar a rotina familiar com o trabalho. No entanto, a maturidade colaborou para que concluísse o curso com louvor.

Hoje, aos 51 anos, Luciana é pós-graduada em Projeto Social e Política Pública e há cinco trabalha no Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas III (Caps AD) Jardim São Luiz, na zona sul da capital. Lá, colabora para o tratamento e reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente, bem como o uso excessivo de álcool e outras drogas.

A profissional entrou no serviço como redutora de danos, tornando-se assistente social em 2020. No serviço, que atende à região de M’Boi Mirim, atua junto a uma equipe de 50 profissionais, entre enfermagem e multi (esta é composta por terapeuta, psicólogo, redutor de danos, clínico geral, psiquiatra e assistente social). Seu público é formado principalmente por pessoas negras, do sexo masculino e com alta vulnerabilidade social.

Na imagem, Luciana está sentada e reunida em uma sala com mais oito pessoas, formando meio-círculo. Ela usa uma camiseta amarela, calça jeans, máscara de proteção e óculos. Uma imagem de uma jovem está sendo projetada na parede da sala.

A profissional (no centro) trabalha há cinco anos no Caps AD Jardim São Luiz (Foto: arquivo pessoal/SMS)

Luciana lembra que, da mesma forma que as pessoas que atende, sempre utilizou os serviços do SUS. Estar do outro lado, portanto, é uma forma de contribuir para a sociedade. “É muito gratificante poder atender o paciente e pensar: poderia ser a minha mãe, tia ou sobrinha. Faço esse papel com muito amor, cumprindo com a minha missão”, destaca a profissional.

A assistente social acrescenta que, apesar dos muitos desafios, o que a motiva é poder fazer a diferença, olhar para um indivíduo como igual e ajudar para que a vida dele seja um pouco melhor por meio da rede pública de saúde. “Quero que as pessoas tenham acesso a um atendimento de qualidade, com informações que talvez não recebam em nenhum momento da vida. Olhar para essa pessoa e dizer que ela terá acolhimento e atendimento, viabilizando essa atenção”, comenta Luciana, que no Caps também media os grupos Cidadania e Habilidades sociais, voltados ao acolhimento dos pacientes.

Mesmo em meio aos obstáculos da profissão, Luciana segue firme em seu propósito, consciente de que as mudanças esperadas para a garantia da integralidade da assistência em saúde exigem tempo e dedicação. “Ser assistente social não é fácil, na medida em que atuamos como mediadores entre cidadão e Estado, e, se não estiver preparado, você pode até desistir. Mas eu gosto de exercer a profissão, apesar de toda a complexidade”, conclui.

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