Secretaria Municipal da Saúde

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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2014 | Horário: 13:45

Palestra na zona Sul discute dengue e chinkugunya

Evento discutiu importância do agente de zoonoses no combate às doenças

Por Mayara Carlis

A Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRS Sul), promoveu no último dia 10 o encontro “Restruturação do programa de controle do Aedes Aegypti na Coordenadoria Regional de Saúde Sul – O Protagonismo do agente de Zoonoses”. O encontro reuniu cerca de 500 profissionais da saúde no auditório da UNIP.

Participaram do evento José de Filippi Jr., secretário municipal da Saúde de São Paulo; Tania Zogbi Sahyoun, coordenadora da CRS Sul; Wilma Tiemi Miyake Morimoto, coordenadora da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA); Alessandro Aparecido de Angola, coordenador das Ações de Controle do Aedes Aegypti da COVISA e Rosane Ferreira de Oliveira, gerente do Centro de Controle do Zoonoses (CCZ-SP). O encontro discutiu a importância dos agentes no combate a proliferação do mosquito da dengue.

“Sem o trabalho dos agentes de zoonoses, com toda a certeza não conseguiríamos atingir os nossos objetivos nos combates a essas doenças que causam tantos agravos a nossa população. O evento de hoje tem o objetivo de dar uma motivação para o trabalho de vocês” Falou Tania Zogbi.

Outras palestras foram realizadas, como a “Dengue – o desafio a ser vencido e chikunguya, uma nova ameaça”, ministrada por Eduardo de Masi, biólogo da CRS Sul. Ele apresentou gráficos que exibiram a doença como cíclica e dependente de fatores como clima, local e afeto sobre o vetor (no caso, o ser humano).

Além de reforçar a ideia de ações de prevenção intensificada nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, já que o pico da doença se dá nos meses de março, abril e maio, Eduardo deu um panorama geral sobre a chikunguya, nova doença que começa a afetar a população.

O evento foi encerrado pelo professor Sergio Jozely de Souza, da Universidade Anhembi Morumbi. Ele dissertou sobre os motivos que te as pessoas desejarem uma vida mais feliz, como amar o trabalho que realiza.

Dengue

O que é?

A dengue é uma doença febril aguda, causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

 Sintomas:

Dengue Clássica

Febre alta com início súbito;
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
Perda do paladar e apetite;
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tonturas;
Extremo cansaço;
Moleza e dor no corpo;
Muitas dores nos ossos e articulações;

Dengue hemorrágica

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

Dores abdominais fortes e contínuas;
Vômitos persistentes;
Pele pálida, fria e úmida;
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;
Manchas vermelhas na pele;
Sonolência, agitação e confusão mental;
Sede excessiva e boca seca;
Pulso rápido e fraco;
Dificuldade respiratória;
Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

Tratamento:

Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue, é possível tratar os sintomas decorrentes da doença, ou seja, fazer um tratamento sintomático. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.

Pacientes com dengue ou suspeita de dengue devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

Prevenção:

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

 

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