Este é uma semana vital para mães e bebês que dependem do gesto solidário de quem doa leite materno. A campanha da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo reforça o pedido para que as mulheres potenciais doadoras façam a retirada e entrega do alimento para os bancos de leite, que viram seus estoques reduzidos em 60% por conta da pandemia pelo coronavírus. Alguns conseguem manter um estoque por mais dois meses, mas por conta do isolamento, as doações diminuíram.
Os Bancos de Leite Humano tiveram a coleta presencial temporariamente suspensa por prevenção da covid-19. Porém, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-SP) que tem equipes treinadas para retirar em domicílio, fazem parte da campanha “Doar Leite Materno Salva Vidas”.
Por conta da pandemia, o cuidado foi redobrado, com equipamentos de proteção individual (EPI) e distanciamento na hora de fazer essa retirada do leite nas casas.
Entre 15 e 19 de maio, a Semana Nacional de Doação de Leite Humano, foi instituída pela Lei 13.227, de 28 de dezembro de 2015.
No ano passado, São Paulo arrecadou 55.313,03 litros de leite, entregues por 42.858 mulheres aos bancos de leite da rede municipal, que beneficiaram 43.023 bebês.
Parece um número muito elevado, entretanto, a coordenadora da Rede Proteção Mãe Paulistana, Maria José Mattar ressalta que “o volume varia de banco a banco, mas a gente precisa em alguns serviços também do dobro ou até o triplo desse volume para atender a demanda da unidade neonatal.”
Toda mulher que amamenta é uma potencial doadora. É válido lembrar, que a doação não interfere na alimentação do próprio filho já que o leite que vai para outros recém-nascidos é o restante que não foi consumido. “A retirada desse restante vai estimular a produção, a mãe terá leite suficiente para o bebê e para doar”, completa a Maria José.
Além de tudo, doar promove um bem para a mulher, evitando o acúmulo nas mamas, que pode ocasionar o Ingurgitamento Mamário, que causa dor e o aumento das mamas. Isso porque o leite guardado nas mamas sofre uma alteração molecular, e acaba ficando mais viscoso, e por isso a saída é difícil. É o conhecido fenômeno do “leite empedrado”.
Para ser uma doadora, a mulher precisa estar saudável, não ser portadora de nenhuma doença infectocontagiosa, ou estar tomando medicação que não seja compatível com a amamentação.
Bebês prematuros, de baixo peso, com deficiência imunológica, são os chamados “elegíveis”, os que são escolhidos como prioridade para receber o leite materno da doação.
Com a pandemia pelo coronavírus, a recomendação é que se a mulher estiver com sintomas de gripe ou tiver contato com alguém que esteja nessas condições, não poderá doar leite materno.
Serviço
Bancos de Leite Humano (BLH):
Hospital Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha
Telefone: (11) 3986-1011
Hospital Municipal Regional de Campo Limpo
Telefone: (11) 3394-7678
Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo
Telefone: (11) 3394-8046/8153
Posto de Coleta do Hospital Municipal Tide Setubal
Telefone: (11) 3394-8779