Prefeitura amplia rede de atendimento para pacientes com covid-19 com Hospital Municipal da Bela Vista

Unidade com 124 leitos, sendo 29 de UTI, começa a funcionar na tarde deste sábado; serviço será referência no atendimento de pessoas em situação de rua após a pandemia

#PraCegoVer: foto de um quarto de internação com quatro macas

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, ampliou a rede de atendimento para pessoas com suspeita e casos confirmados de covid-19, neste sábado (18/4), com a implementação do Hospital Municipal da Bela Vista, na região central da capital.

Segundo o prefeito Bruno Covas, a unidade contará com a atuação de cerca de 600 profissionais de Saúde. “Com isso já são mais de 7.200 profissionais contratados pela Prefeitura e organizações sociais parceiras neste momento do coronavírus”, destacou.

Com 124 leitos , sendo 29 de tratamento intensivo, a unidade de Saúde já começa a atender a população a partir da tarde deste sábado (18/04). Novos leitos serão transformados em UTIs gradativamente, na medida em que os equipamentos necessários estejam disponíveis. A unidade conta ainda com tomógrafo para exames e diagnósticos.

“A junta orçamentária do município autorizou mais R$ 106 milhões para compras de respiradores. A medida que os respiradores forem chegando, nós vamos aumentando os números de leitos de UTI nesse complexo hospitalar”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

No total, foram investidos cerca de R$ 6,6 milhões nas adequações físicas do prédio e R$ 8,5 milhões de custeio, que inclui móveis, equipamentos e profissionais. A ação contou com o apoio do Ministério da Saúde.

A nova unidade foi idealizada como retaguarda na região central da cidade, que concentra um grande número de pessoas em situação de rua, mas com a pandemia de coronavírus, foi adaptada para atender à crescente demanda por leitos no município.

“Passado o período de pandemia do coronavírus, esse hospital será referência no atendimento de pessoas em situação de rua na região central da cidade”, explica o prefeito Bruno Covas.

“Enquanto a Prefeitura está fazendo a sua parte ampliando o número de leitos na cidade, a população também precisa colaborar ficando dentro de casa. Trata-se de um ato humanitário de respeito ao próximo”, disse o prefeito.

PraCegoVer: foto de um tomógrafo numa sala

Portas fechadas

Durante a pandemia, o HM Bela Vista funciona de porta fechada, ou seja, as pessoas com sintomas não devem procurar atendimento direto no local. Os pacientes com covid-19 chegarão, exclusivamente, transferidos por ambulâncias de outras unidades. As internações são controladas pela regulação da Secretaria Municipal da Saúde.

A unidade contará em seu quadro profissional com médicos intensivistas, plantonistas, diaristas e infectologistas, além de suporte de cirurgiões gerais, nefrologistas, hematologistas, cardiologistas, pneumologistas e anestesistas. Serão ainda 597 funcionários entre corpo técnico, administrativo e apoio.

O hospital, localizado no bairro da Consolação, foi instalado em um antigo prédio hospitalar que estava desativado e foi alugado pela Prefeitura. As instalações foram reformadas e adequadas para funcionar como uma unidade hospitalar.

Ampliação da rede

Além do HM Bela Vista, outras unidades também estão sendo ampliadas ou inauguradas para abrir novas vagas de atendimento específicas para covid-19 na rede de saúde pública de São Paulo como o HM M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, o HM Parelheiros, o novo Hospital Municipal da Brasilândia, além dos hospitais de campanha do Pacaembu e do Anhembi.

Segundo o prefeito Bruno Covas, até maio a cidade terá um acréscimo de 933 novos leitos de UTI. “Tínhamos 507 leitos de UTI no início do ano e vamos ter até o final de abril mais 600 leitos. Em maio, teremos outros 333”, finaliza o prefeito Bruno Covas.