SAMU-SP ganha 84 novas ambulâncias por meio de doação do Ministério da Saúde

Entrega dos veículos acontece nesta sexta-feira (25/1), com participação do prefeito Fernando Haddad e da presidenta Dilma Rousseff

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de São Paulo (SAMU-SP), integrante da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ganhará um presente nesta sexta-feira (25/1), data do aniversário da Capital: 84 novas ambulâncias serão doadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, à Cidade. A entrega dos veículos acontecerá em Itaquera, na Zona Leste, e contará com a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Os novos carros serão incorporados à frota do SAMU-SP em substituição aos modelos existentes, com o intuito de otimizar a demanda de atendimento. Dessa forma, o serviço segue com o número de sua frota atual, que contempla 171 unidades (140 em operação e 31 de reserva técnica). Todos os 84 veículos são modelo Mercedes Sprinter 415 CDI. Eles possuem 5m de comprimento, 3 de altura e 2,5m de largura.

Segundo preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade ideal de ambulâncias para cada cidade é de uma para cada 150 mil habitantes. O SAMU-SP possui uma ambulância para cerca de 82 mil habitantes (estimativa populacional/IBGE-2012).

Além da doação dos 84 veículos do SAMU-SP, Haddad e Dilma entregam 300 Unidades Habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida em Itaquera e assinam a cessão dos terrenos da Prefeitura de São Paulo ao Ministério da Educação (UNIFESP – Zona Leste) e ao Ministério de Ciência e Tecnologia (Instituto em Pirituba).

Para cada tipo de chamada, um tipo de ambulância é destacada:

Suporte Básico de Vida (SBV) – Equipamentos para o atendimento inicial à vítima: Conta com talas de imobilização, colar cervical, prancha longa, kED, oxigênio portátil e fixo na AM, DEA, oxímetro de pulso, glicosímetro, bandagens, ataduras, gazes, etc.

Suporte de Vida com Enfermagem (SVE) – Todos os equipamentos da ambulância de SBV, mais máscara laríngea, material para punção intraóssea, medicamentos e materiais para a sua utilização, conforme o protocolo pertinente, sempre com telemedicina, entre outros.

Suporte Avançado de Vida (SAV) – Todos os equipamentos das ambulâncias de SBV e SVE, mais os materiais e medicamentos utilizados conforme o protocolo de SAV, entre eles: monitor/desfibrilador cardíaco, respirador, material para intubação etc.

Motolância – Além disso, para diminuir ainda mais o tempo crítico de atendimento da vítima até a chegada da ambulância, o SAMU-SP possui 38 motolâncias em operação.

Central 192 do SAMU-SP

A Central 192 do SAMU-SP recebe, diariamente, de 8 a 9 mil chamados, dos quais 1.200 geram atendimento. A Central de Operações do SAMU de São Paulo conta com 30 pontos de atendimento na Sala do 192. O SAMU dispõe, em média, de 120 Equipes de Campo por dia à disposição da população de São Paulo e possui 100 bases, distribuídas em todas as regiões da cidade.

Considerada a mais moderna da América Latina, a Central conta com um sistema de inteligência para geoprocessamento do tipo B.I. ou “Business Intelligence”, utilizado nas maiores e melhores centrais do SAMU mundial e que mapeia as informações das ocorrências conforme a geografia da cidade.

Por meio desse sistema de B.I., o SAMU-SP faz, a cada seis meses, estudos e análises sobre os seus números de atendimentos, bem como do tempo de deslocamento.

Amigo do SAMU
Para combater os trotes, o SAMU possui um projeto de conscientização de crianças e adolescentes sobre a gravidade do trote, realizado anualmente, durante o período letivo escolar. O Projeto Amigo do SAMU visa minimizar os prejuízos decorrentes das ligações telefônicas relacionadas ao trote.

A proposta do projeto Amigo do SAMU é identificar os jovens com perfil para desenvolver o papel de interlocutores do SAMU na comunidade. Em seguida, estes adolescentes recebem treinamento sobre primeiros socorros e aprendem sobre o funcionamento da instituição de emergência.

O projeto busca levar, por meio de palestras, conhecimentos para os jovens em idade escolar sobre a gravidade do trote, além de noções básicas de primeiros socorros. Todo o projeto, que é desenvolvido em parceria com a rede de ensino, aproxima as crianças do serviço de emergência removendo os seus eventuais receios; educando e, principalmente, sensibiliziando para a importância e o bom uso do SAMU.

Certificação internacional do SAMU-SP
O tempo de resposta do SAMU-SP caiu de 35 minutos, em 2004, para 10 minutos, em 2011 (para o Nível 1), graças à modernização do sistema da Central 192. Isso permitiu que, em abril de 2012, o SAMU-SP recebesse o título de Centro de Despacho de Emergências Médicas de Excelência, da Academia Internacional de Despacho de Emergência Médica (www.emergencydispatch.org).

Com isso, o SAMU-SP é o primeiro serviço móvel de atendimento a urgências e emergências a conquistar essa certificação na América Latina.

Por ano, o SAMU-SP recebe quase 3,3 milhões de ligações, o que o torna, atualmente, o maior centro de emergência médica do mundo. Esse posto era ocupado pela cidade de Londres, que recebe 1,7 milhão de ligações anuais.

SOBRE O PROGRAMA SAMU

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é destinado ao atendimento inicial a urgências e emergências de saúde, na modalidade pré-hospitalar móvel, ou seja, socorro inicial “in loco” que antecede a ação prestada por hospital ou pronto-socorro. Sua missão é atender, no menor tempo possível, às solicitações classificadas como emergências ou urgências médicas da população.

É um programa federal, que segue normas e critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS), e seu fluxo é caracterizado pela classificação das urgências, divididas em quatro níveis, conforme a Portaria/GM nº 2.048/2002, assim determinadas:

NÍVEL 1 – Emergência ou Urgência de prioridade absoluta – Atender casos em que haja risco de morte. Encaminhamento imediato.
NÍVEL 2 – Urgência de prioridade moderada – Atender os casos em que há necessidade de atendimento médico, não necessariamente de imediato, mas dentro de poucas horas.
NÍVEL 3 – Urgência de prioridade baixa – Atender casos em que há necessidade de uma avaliação médica, mas não há risco de morte, podendo aguardar várias horas.
NÍVEL 4 – Urgência de prioridade mínima – Atendimento feito por um médico regulador, que orienta sobre o uso de medicamentos e cuidados gerais e encaminhamentos.