Mãe Paulistana comemora seis anos e grandes resultados

São quase 630 mil partos, além de ações preventivas, promovidas pelo programa, que evitaram 105 casos de cegueira e 139 de surdez

A Rede de Proteção à Mãe Paulistana modificou o cenário das gestantes e dos recém-nascidos nesses seis anos de existência. Desde sua implantação, em 8 de março de 2006, já foram feitos na capital paulista 625.856 partos. As mulheres cadastradas no programa são monitoradas pela rede de saúde municipal desde a descoberta da gestação até o primeiro ano de vida do bebê.

Com a análise e o acompanhamento da futura mãe, o programa garante um vínculo entre a gestante, a unidade básica de saúde que a atende e a maternidade em que será realizado o parto – além do acompanhamento das gestações de alto risco e o retorno da mãe com a criança para acompanhamento de seu primeiro ano de vida.

Desde a criação do Mãe Paulistana, vem sendo possível realizar ações preventivas como a ‘Triagem Neonatal’ (retinopatia da prematuridade), implantada em 2008, e a ‘Triagem Auditiva Neonatal Universal’, implantada em 2010. Diagnósticos e tratamentos precoces, como esses, evitaram ao menos 105 casos de cegueira e 139 de surdez. No total, foram avaliados 5.505 recém-nascidos para retinopatia e 58.864 na triagem auditiva.

O resultado é perceptível, também, no índice de mortalidade materna e infantil – no caso de morte materna na cidade de São Paulo, as principais causas são a hipertensão arterial e a pré-eclampsia. “O estabelecimento de uma orientação mais humanizada no pré-natal, utilizando protocolos e cuidados diferenciados para as pacientes de risco, possibilitou redução nesse índice”, afirmou a coordenadora da Rede de Proteção à Mãe Paulistana, Maria Aparecida Orsini.

Em seis anos de Mãe Paulistana, 98% das gestantes inscritas foram acompanhadas até o fim da gestação. Foram mais de 3,8 milhões de consultas de pré-natal e 4,8 milhões de exames, além de 680 mil ultrassonografias. Hoje a rede é composta por 439 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 23 Ambulatórios de Especialidades (AE), além de 37 hospitais voltados exclusivamente para a maternidade e o pré-natal.

As mães são orientadas a visitar as maternidades, onde se cadastram com a previsão de data para o parto; recebem o enxoval ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, e têm garantidas as consultas com o pediatra durante o primeiro ano de vida do bebê.

Para que as futuras mamães não faltem às consultas, é oferecido o bilhete de transporte gratuito. Até agora, foram emitidos quase 590 mil bilhetes e distribuídos mais de 557 mil enxovais.

 

Como funciona

A mulher que suspeitar de gravidez tem de procurar a unidade de saúde mais próxima à sua residência, realizar alguns exames e, se confirmada a gestação, imediatamente é cadastrada no programa.

Para cadastrar-se, é necessário ter o cartão SUS. Caso a gestante não o tenha, é preciso apresentar RG e comprovante de residência para que o cartão seja emitido.

 

Grávidas cadastradas no Mãe Paulistana recebem:

  • Acompanhamento das consultas do pré-natal;

  • Realização de todos os exames necessários para acompanhar a gravidez;

  • Garantia de referência para um hospital da região em que mora;

  • Visita à maternidade onde será realizado o parto;

  • Transporte municipal gratuito para realizar consultas e exames, durante a gravidez e no primeiro ano de vida do bebê;

  • Consultas e exames para a criança;

  • Enxoval básico para o bebê (1 bolsa, 1 cobertor, 1 toalha, 2 macacões curtos, 2 macacões longos, 2 bodies, 2 culotes, 1 casaco com capuz e 4 pares de meias) – só as mães residentes na capital que tenham realizado o pré-natal na rede municipal de saúde é que recebem o enxoval.