PREFEITURA DE SÃO PAULO

Veja onde fazer testagem para ISTs na capital

Nos equipamentos da rede municipal, cidadãos podem realizar testes convencionais e rápidos, além de iniciar profilaxias de prevenção ao HIV, retirar preservativos, entre outros serviços

26/02/2024 14h00

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ocorrem por relação sexual desprotegida (oral, vaginal ou anal) com uma pessoa infectada, ou da pessoa gestante para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Muitas dessas IST são silenciosas e a pessoa pode não perceber os sintomas. Por isso, a prevenção e testagem regular são fundamentais.

Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde disponibiliza gratuitamente testes convencionais, testes rápidos e até autotestes para IST como HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.

Confira abaixo onde fazer a testagem na capital

Testes convencionais: os testes de HIV, da sífilis e das hepatites B e C estão disponíveis nas 471 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital, além dos 28 serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em IST/Aids. As UBS e unidades das RME também realizam o diagnóstico e tratamento de outras ISTs.

Testes rápidos

Além das unidades citadas acina, na unidade móvel CTA da Cidade, projeto da Coordenadoria de IST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), também é possível fazer testagem rápida gratuita para HIV, sífilis, hepatites B e C, e iniciar o uso da profilaxia pré-exposição ou pós-exposição (PrEP/PEP) ao HIV. O CTA da Cidade é itinerante, deslocando-se a regiões de maior vulnerabilidade na cidade de quinta a sábado.

Veja os endereços dos equipamentos voltados a IST/Aids na rede municipal.

A localização das UBS e demais equipamentos de saúde pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.

Confira a agenda dos serviços nas redes sociais da Coordenadoria de IST/Aids.

Saiba mais sobre as principais ISTs

HIV
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. A Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com pessoas vivendo com HIV e/ou Aids que não estão em tratamento ou mantém a carga viral detectável, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de pessoa gestante para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção.

Sífilis
Infecção causada por bactéria que inicialmente pode provocar ferida indolor nos genitais (pênis, vagina, ânus) e boca e que, se não for tratada, pode se agravar. A transmissão da se dá durante a relação sexual desprotegida com pessoa infectada ou da pessoa gestante para a criança durante a gestação ou parto (transmissão vertical).

Gonorreia
Trata-se de uma bactéria que afeta genitais, garganta e olhos, provoca corrimento uretral amarelado, purulento e com ardor ao urinar; corrimento vaginal, dor nas relações sexuais, porém pode permanecer de forma assintomática quando atinge a cavidade anal ou orofaringe. Quando não tratada, pode causar dor pélvica crônica, dores nas relações sexuais, infertilidade ou gravidez nas trompas.

Hepatites B e C
Doenças transmitidas por vírus que podem provocar danos irreversíveis ao fígado. O contágio da hepatite B é pelo sexo, uso de álcool e outras drogas injetáveis (compartilhamento de seringas contaminadas), profissão de risco ou pequenos cortes provocados por objetos perfurocortantes. Já a hepatite C é transmitida quando há alguma perfuração na pele e contato com o material contaminado, podendo ser sexualmente transmissível, numa escala menor.

Tricomoníase
A infecção é causada por protozoário. Seus sintomas são corrimento vaginal amarelo-esverdeado, odor forte, dor durante a relação sexual, ardência, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Nos homens pode ser assintomático. O contágio se dá durante a relação sexual desprotegida com pessoa infectada, por isso, o uso de camisinha nas relações sexuais é a melhor medida de prevenção.

Clamídia
A clamídia é uma bactéria que pode atingir os órgãos genitais, a boca, garganta e os olhos. Esta infecção, que muitas vezes avança sem sintomas (principalmente quando atinge a região anal ou orofaringe), pode provocar dores ao urinar e nas relações sexuais, corrimento uretral no homem, corrimento vaginal e até doença inflamatória pélvica (DIP) caso não seja tratada precocemente (as mulheres podem não apresentar sintomas em 70% dos casos). Quando não tratada também pode causar infertilidade e gravidez ectópica.

Herpes Genital
Causado por vírus e pode acarretar lesões, que iniciam com pequenas vesículas (bolhas), que ao se romperem formam feridas dolorosas. É mais frequente na região labial (Herpes tipo 1) e nos genitais (pênis, vagina, vulva, ânus - herpes tipo 2). Não existe cura para herpes, mas há tratamento para as lesões.

HPV
O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar verrugas e outras manifestações nos órgãos genitais masculino e feminino. O vírus pode provocar lesões graves e desencadear cânceres de colo do útero, vagina, ânus, vulva, pênis e orofaringe. Além da distribuição gratuita dos preservativos como método de barreira, a rede municipal de saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias); homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, o esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de seis meses entre as doses, de nove a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) para meninas e meninos. Para grupos com condições clínicas especiais, pessoas de nove a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras: administrar três doses da vacina com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e seis meses entre a primeira e terceira dose (zero, dois e seis meses). Para a vacinação deste grupo, mantém-se a necessidade de prescrição médica.
 

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