Anselmo completa 15 anos de trabalho na Saúde junto com o hospital que ajudou a inaugurar

O enfermeiro, que antes trabalhava na área de segurança, sempre teve facilidade em gerir pessoas

No dia 8 de abril, o Hospital Municipal M’boi Mirim (HMBM) completou 15 anos de existência. Com cerca de 600 atendimentos diários, a unidade localizada na zona sul da capital paulista obteve a melhor colocação entre os “Melhores hospitais públicos do Brasil 2022”, premiação inédita promovida pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Instituto Ética Saúde (IES) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA). O enfermeiro Anselmo Almeida dos Santos, 51 anos, se orgulha por ter sido o primeiro coordenador noturno da unidade mesmo antes da inauguração oficial do HMBM. “Eu comecei aqui no dia 18 de fevereiro de 2008, cheguei para ajudar a montar a equipe de trabalho e, de lá para cá, são 15 anos juntos, muitas etapas, evoluções de protocolos, pandemia, superação e digo: “não saio daqui por nada.” Com um espírito de liderança, o enfermeiro, que antes trabalhava na área de segurança, sempre teve facilidade em gerir pessoas.

Na imagem, Anselmo está de braços cruzados, usando jaleco branco e óculos, e máscara de proteção. Ao fundo, um painel  com uma mensagem do Hospital Municipal M'Boi Mirim
Há 15 anos no HM M'Boi Mirim, o profissional se orgulha por ter participado da implantação da unidade

Desde que se formou em enfermagem, pela Universidade Nove de Julho (Uninove), em 2003, lida com funções administrativas em saúde. Atualmente, Anselmo é responsável direto por uma equipe de 71 funcionários, sendo 21 enfermeiros e 50 técnicos de enfermagem. Ele diz que considera cada uma dessas pessoas parte de sua família, as apoia em momentos difíceis e diz que isso dá ainda mais sentido ao trabalho que faz. Em 2014, a irmã Isabel sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), foi transferida para o M’boi Mirim, mas depois de algum tempo faleceu. Os colegas de trabalho deram todo o suporte para que ele vivesse a perda e o luto de maneira menos dura. A atitude empática com Anselmo foi fundamental para que ele decidisse doar os órgãos da irmã.

Assim como foi acolhido pelos colegas, nesse e em outros momentos, o enfermeiro faz questão de ser abrigo para eles. Ele conta que, no início da pandemia de Covid-19, presenciou a aflição da equipe e precisou ser ainda mais forte para passar tranquilidade a todos. “Era um momento muito difícil, pois não conhecíamos a doença, ainda não existia vacina, todos os dias muitas pessoas vinham a óbito e isso gerava uma sensação de medo e insegurança em todos. Muitas vezes, precisei acolher os profissionais individualmente em minha sala. Porém, foram tempos de muito aprendizado e conseguimos fortalecer uns aos outros”, relembra. Segundo Anselmo, no hospital as equipes cumprem o papel do “verdadeiro profissional de saúde” por tratarem os pacientes como gostariam de ser tratados.

Na imagem, Anselmo aparece junto à sua família: ao seu lado direito está um dos filhos; ao seu lado esquerdo, ele aparece abraçado com a esposa com outro filho. Todos estão sorrindo na selfie
Estar em contato com a família é o que faz o enfermeiro mais feliz

Q+

Casado há 28 anos com a técnica de enfermagem Gislene, a saúde é a escolha profissional na casa de Anselmo. Os filhos Leonardo, 26, e Lucas, 20, estudam enfermagem juntos e contam com o apoio do pai que, apesar de trabalhar muito, não abre mão do tempo com a família. Um sítio em Bragança Paulista é onde eles costumam pescar, plantar, colher e descansar sempre que possível.