O dia 4 de março alerta para os riscos da obesidade para a saúde. A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma doença crônica, definida como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo.
Ainda de acordo com a OMS, mais de um bilhão de pessoas no mundo são obesas, entre adultos, adolescentes e crianças. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), no país 60% dos indivíduos acima de 18 anos apresentam sobrepeso, e um em cada quatro é considerado obeso, levando em conta o Índice de Massa Corporal (IMC).
Além de ser considerada uma doença, a obesidade está associada ao aumento do risco para outras doenças, como as cardiovasculares, articulares, gordura no fígado, alguns tipos de câncer (como os de mama e cólon), hipertensão, diabetes e depressão. Vale lembrar que várias delas, como o diabetes, são classificadas como doenças crônicas e exigem cuidados pelo resto da vida.
Um dos complicadores da obesidade é o fato de ter origem multifatorial, envolvendo aspectos culturais, econômicos, ambientais e também de comportamento individual, além de genéticos. Nesse sentido, políticas públicas de prevenção são tão importantes quanto as mudanças de hábitos (como manter uma alimentação equilibrada, sem a presença de ultraprocessados, e praticar atividades físicas).
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Educação Alimentar e Nutricional
Na Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Área Técnica de Saúde Nutricional desenvolve programas como o Alimentar Nutrir e Educar o Escolar (Anee), em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME). O programa, que busca identificar, educar e monitorar a condição de saúde nutricional de escolares da rede municipal de educação por meio de uma abordagem integral, capaz de prevenir e controlar agravos causados pelo consumo inadequado de alimentos e o excesso de peso, é referenciado pela OMS e pelo Ministério da Saúde.
No Programa de Monitoramento Nutricional, é realizado o monitoramento do crescimento e desenvolvimento infantil, segundo o Estado Nutricional de crianças atendidas na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Também faz parte do trabalho de combate à obesidade na capital a elaboração de protocolos e fluxos como o Protocolo de Encaminhamento à Assistência Nutricional Individual e o Protocolo de Atendimento da Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade, além do fluxo de atendimento para Diabetes Mellitus Gestacional e Encaminhamento Pós-Covid, entre outros.
Todos estes protocolos visam melhorar o acompanhamento nutricional da população em todos os ciclos de vida e, com isso, garantir o acesso e cuidados necessários para promoção e prevenção de distúrbios nutricionais que podem causar agravos à saúde, como é o caso da obesidade.