Para muitas pessoas o começo do ano, em especial o mês de janeiro, traz reflexões acerca de novos planos, objetivos e metas de superação pessoal e profissional. Mas é justamente neste período de novas perspectivas que a campanha Janeiro Branco alerta a sociedade para questões relacionadas à saúde mental.
É bem verdade que a pandemia de Covid-19 fez muita gente se preocupar com as causas do sofrimento psíquico e buscar tratamento. Mesmo assim, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ressalta que o tema saúde mental deve ser discutido e tratado durante todo o ano.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas com condições graves de saúde mental morrem, em média, 10 a 20 anos mais cedo que a população em geral. Para a organização, a definição de saúde mental é explicada como um conceito de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades e consegue lidar com situações de estresses cotidianos, além de trabalhar produtivamente sendo capaz de contribuir com a sociedade.
Atendimento especializado
Na capital, o esforço para atender à população ocorre de forma multidisciplinar e capilarizado, por meio de diferentes equipamentos como as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e os 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que se organizam para acolher as demandas em saúde mental.
Nos Caps, cidadãos que convivem com transtornos mentais graves e persistentes, incluindo as necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, são acolhidos por equipes multiprofissionais compostas por terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, enfermeiros, psicólogos, agentes redutores de danos, técnicos de nível médio, médicos clínicos e psiquiatras.
A cidade de São Paulo conta ainda com os Centros de Cooperativa e Convivência (Cecco), que promovem atividades orientadas à convivência, abrangendo sobretudo as pessoas com transtornos mentais.
Os dados do Núcleo de Informação de Assistência à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mostram que, entre janeiro de 2019 e novembro de 2022, os Centros de Atenção Psicossocial da capital, que compreendem Caps Álcool e Drogas (AD), Caps Adulto e Caps Infantojuvenil, registraram 7,5 milhões de procedimentos. Além disso, foram realizados mais de 854 mil atendimentos psicológicos nas UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais/UBSs Integradas no período entre janeiro de 2019 e agosto de 2022.
Autocuidado
Doenças como depressão e ansiedade podem ser diagnosticadas em consultas com profissionais da rede municipal de saúde do município. Entretanto, é importante ter atenção para sinais que indicam sofrimento e, quando possível, assumir atitudes que favoreçam um estilo de vida mais saudável.
Confira algumas dicas do Ministério da Saúde (MS) para cuidar da saúde mental:
• pratique atividades físicas;
• procure manter uma rotina adequada de sono;
• busque alimentação saudável com ingestão de verduras, legumes e frutas;
• evite o tabagismo;
• evite o consumo excessivo de álcool e,
• atente-se a sinais de tristeza, agitação, prostração recorrentes, ou sensação de falta de sentido para a vida.
Embora a campanha Janeiro Branco seja um alerta para a saúde mental emitido no início do ano, a população da capital pode buscar por atendimento por meio das UBSs e dos Caps. A relação dos equipamentos de saúde pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.