Rita de Cássia Pereira Nogueira Bússola, 56 anos de idade, trabalhava há cinco anos no setor administrativo da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova Curuçá, gerenciado pela rede de saúde Santa Marcelina, quando resolveu prestar vestibular na Universidade Cruzeiro do Sul e, por acidente, preencheu a opção “serviço social”. Em vez de cursar educação física, um sonho de infância, descobriu ali um propósito maior. “Eu comecei a frequentar as aulas e vi que era exatamente aquilo que queria fazer para o resto da vida”, relembra.
O incentivo dos familiares e amigos, que sempre viram nela uma pessoa com vocação para ajudar pessoas, a fez perseverar. Em 2009, quando terminou a faculdade, Rita participou de uma seleção interna da instituição gestora da UBS, passou em primeiro lugar e logo começou a trabalhar como assistente social.
Nos primeiros oito meses de contrato, esteve no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) de Guaianases, mas logo foi transferida para o Pronto Atendimento (PA) Glória Rodrigues dos Santos Bonfim, em Cidade Tiradentes, onde está até hoje. Foi lá que começou a colocar em prática o desejo de transformar a vida das pessoas. Dentro do hospital, ela promovia ações, mobilizava colegas aos poucos.
Em 2011, Rita juntou alguns funcionários da unidade para alegrar os pequenos que passavam pelo serviço naquele Dia das Crianças. No mesmo ano, com a ajuda da equipe do hospital, promoveu a primeira ação natalina e até se vestiu de Papai Noel. “Estamos em uma região muito carente, assim como o local onde eu cresci. Então, poder dar um pouco de alegria para as crianças aqui é gratificante”, declara.
Quando viu o movimento crescer e chamar a atenção de toda a equipe da unidade, ela comemorou a conquista. “O que começou entre um pequeno grupo cresceu muito e, hoje, todos os funcionários fazem questão de participar dessas atividades.” Distribuímos doces, lanches, levamos personagens e realizamos recreações nas datas comemorativas do ano.
Neste ano, a assistente social preparou uma festa de Natal para as crianças e os funcionários do hospital, nos dias 22 e 23, com a participação de um coral natalino e, claro, do bom velhinho que cativa a todos. “Muitas vezes, quando eu era criança, perguntava o porquê de o Papai Noel não passar na minha casa. Hoje eu consigo ser o bom velhinho dessas crianças”, emociona-se.
Q+
Rita adora esportes, desde pequena acompanha as corridas de Fórmula 1 e futebol. Era fã do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, em um acidente. A assistente social veste com amor a camisa do Corinthians e não perde a chance de ir aos jogos com a família no estádio do “Timão”.
Saiba mais da história de Rita de Cássia no programa Gente.doc da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no Youtube: