Dia Mundial de Combate à raiva: saiba mais sobre a doença e o seu controle

Doença é causada por um vírus e transmitida a humanos por espécies como cão, gato e morcego

No calendário da saúde, o dia 28 de setembro é dedicado ao combate à raiva, uma das mais antigas zoonoses conhecidas pela humanidade. A raiva é uma doença infectocontagiosa, causada por vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, que atinge mamíferos, inclusive o homem.

Com ocorrência em mais de 150 países, a raiva tem como hospedeiro, reservatório e transmissor o animal que, dependendo da situação, transmite a doença aos humanos. Este hospedeiro varia nas diversas regiões do mundo, embora o cão permaneça como o principal transmissor para o homem, e como a principal vítima da doença. A Organização Panamericana de Saúde estima que anualmente ainda ocorram cerca de 60 mil mortes humanas decorrentes da raiva no mundo.

A transmissão mais frequente do vírus da raiva ocorre pelo contato da saliva de animais doentes, na pele ou mucosa por mordeduras ou escoriações. O município de São Paulo é considerado área de raiva controlada.
Prevenção

Como a raiva é transmitida essencialmente por mordedura, pela penetração do vírus presente na saliva do animal doente, o principal cuidado é evitar contato com animais desconhecidos. Se ocorrer a mordedura, lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e dirigir-se a uma unidade de saúde.

No caso de morcegos, em hipótese alguma se deve manuseá-los. Em vez disso, deve-se acionar Centro de Controle de Zoonoses da capital que possui equipe treinada para orientar e se for indicado, capturar o animal no local. Esses animais podem estar infectados com o vírus da raiva, especialmente quando são encontrados durante o dia (animal de hábito noturno) e em locais incomuns para as espécies (o habitat natural são árvores, cavernas, grutas e abrigos artificiais oferecidos pelo homem como construções abandonadas etc.).

Vacinação de animais é realizada gratuitamente
A forma mais efetiva de prevenir a raiva é por meio da vacinação de cães e gatos. Embora a doença esteja controlada nessas espécies, a vacinação anual é obrigatória por lei e continua a ser o fator de maior relevância para garantir a manutenção de controle da doença nas populações de cães e gatos e, por consequência, para a população humana.

Vale lembrar que o comprovante de vacinação contra a raiva é necessário para a obtenção do Registro Geral do Animal (RGA) obrigatório no município de São Paulo a todos os cães e gatos com idade superior a três meses de idade. O RGA é uma carteira digital, timbrada e numerada, na qual constam os dados do tutor e do animal, que recebe uma plaqueta de identificação contendo um número correspondente ao registro, que deverá ser afixada à coleira.

Os locais para vacinação dos animais podem ser consultados na página da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).