Recertificação da capital por eliminação da transmissão vertical é destaque em agência de notícias especializada em HIV/Aids

Cidade de São Paulo foi a primeira metrópole da América Latina a receber certificado por ter zerado a transmissão vertical do HIV

Nesta terça-feira (25), dia em que a cidade de São Paulo comemora 468 anos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) celebra um feito importante e que ganhou destaque hoje pela Agência de Notícias da Aids, referência em temas relacionados ao HIV/Aids: a capital foi a primeira metrópole da América Latina a receber certificado por ter zerado a transmissão vertical do HIV (sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana).

Na reportagem, o veículo reforça a importância da recertificação obtida pelo município e o trabalho feito pela rede de saúde para impedir o avanço da transmissão na capital nos últimos anos. Vale lembrar que a certificação, pelo Ministério da Saúde (MS), veio em 2019 e, em 2021, a recertificação.

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Para receber a certificação, o município deve atender a uma série de critérios estabelecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que incluem a qualidade dos programas e serviços de saúde, da vigilância epidemiológica, dos laboratórios, das questões relativas ao respeito aos direitos humanos, igualdade de gênero e a participação da comunidade.

Além disso, também são levados em conta os indicadores epidemiológicos dos últimos três anos. Neles, é fundamental que a taxa de incidência (casos novos) seja menor que 0,3 crianças em cada mil nascidos vivos e que a proporção anual de crianças infectadas seja menor que 2%.

Nos últimos dois anos, mais de 95% das gestantes devem ter realizado pelo menos quatro consultas de pré-natal e um teste de HIV. Entre as gestantes diagnosticadas com o vírus, é necessário que pelo menos 95% delas estejam em uso de terapia antirretroviral (Tarv), bem como 95% das crianças expostas ao HIV.

Vale ressaltar que a transmissão vertical é quando o HIV é transmitido diretamente da pessoa gestante, que vive com o vírus, para o bebê. Isso pode ocorrer durante a gestação, o parto (caso os procedimentos preventivos não forem seguidos) e amamentação. Por isso, o pré-natal é fundamental para diagnosticar e iniciar o tratamento da gestante o quanto antes, para que o vírus não seja transmitido para a criança.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do MS, quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, em 2019, a maioria dos casos (88,8%) no Brasil teve como via de infecção a transmissão vertical.

Serviços oferecidos pela rede municipal
Na cidade de São Paulo, os serviços oferecidos pela rede de saúde envolvem a Atenção Básica, Especializada, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, áreas que cuidam da Vigilância em Saúde, maternidades, entre outras.

Programas como o Mãe Paulistana, que oferece apoio e orientação para a realização de pré-natal, e ações da Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids de assistência e prevenção, como a disponibilização de testes de HIV, são fundamentais para esse cuidado contínuo.

Além disso, a Coordenadoria de IST/Aids também oferece para as mães que vivem com HIV a fórmula láctea para alimentação do bebê, que é dada até o primeiro ano de vida e depois pode ser substituída pelo leite integral. Antes de receber a alta da maternidade, a mãe recebe a fórmula láctea e um medicamento para inibir a produção de leite, assim como orientações sobre o assunto.

Mais informações estão disponíveis na página da Coordenadoria de IST/Aids.