Saiba como se tornar um doador de medula óssea

Ato de solidariedade e empatia é fundamental no tratamento de pacientes de doenças como a leucemia

A doação de medula óssea é de extrema importância para ajudar no tratamento de pacientes com doenças que comprometem a produção de células sanguíneas, como a leucemia, além de portadores de aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência congênita. Em alguns desses casos, pode ser necessário um transplante de medula óssea.

Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea contém células-tronco hematopoéticas (TCTH) que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, além das plaquetas. No Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado neste sábado (18), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece como é feito o processo e reforça o convite para esse ato de solidariedade e empatia.

Como se tornar um doador

Para se tornar um doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue, como HIV ou hepatite, além de não apresentar histórico de câncer, doença hematológica ou autoimune, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide.

O cadastro de doadores de medula óssea é realizado em qualquer hemocentro. Para se cadastrar, basta apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com dados pessoais. Em seguida, será preciso fazer a coleta de uma amostra de sangue para testes de tipificação HLA, um processo necessário para identificar a compatibilidade do transplante.

Foto de amostra de sangue. Um par de mãos usando luvas azuis está segurando uma caixa com cinco fileiras de tubos transparentes cheios de sangue, com tampas na cor lilás.

Para se tornar doador de medula óssea, uma amostra de sangue é coletada para testes (Foto: Divulgação)

Os dados são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Após esse processo, o doador é contatado para realizar outros testes assim que for identificada a compatibilidade com um paciente. Para garantir que o contato seja feito, é importante manter os dados pessoais atualizados no cadastro, disponível no site do Redome. 

LEIA TAMBÉM: Frio e pandemia diminuem estoques de sangue na capital

São duas maneiras de realizar a doação. A primeira requer uma internação de 24 horas em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e as células são coletadas na região do quadril durante cerca de 90 minutos.

Outra forma de doar é fazer a coleta diretamente da corrente sanguínea, por meio de um procedimento que dura cerca de três a quatro horas. Nesse caso, o doador recebe uma medicação por cinco dias para estimular as células-tronco.

Vale lembrar que as células-tronco hematopoéticas se reproduzem naturalmente. Por isso, cerca de duas semanas após a doação, o organismo do doador já está plenamente recuperado. Após um período de seis meses e preferencialmente usando um método de coleta diferente, o doador pode repetir o ato solidário.

Onde doar medula na capital paulista:

Hospital São Paulo (Unifesp)
Rua Dr° Diogo de Faria, 824 - 1º andar - Vila Clementino
Telefone: (11) 5576-4240 - Opção:1

Hemocentro da Santa Casa de São Paulo
Rua Marquês de Itu, 579 - Laboratório 2º Andar - Vila Buarque
Telefones: (11) 2176-7249 ou 2176-7000 - Ramal: 7249