PREFEITURA DE SÃO PAULO

Mais transmissíveis, variantes do coronavírus exigem que medidas de prevenção sejam mantidas

Capital apresenta estabilidade no número diário de casos, mas ainda em um patamar considerado alto

03/08/2021 20h09

A presença da variante delta no município de São Paulo aumenta a preocupação em relação a uma nova ampliação da transmissibilidade e diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública. Por esse motivo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) recomenda que todas as medidas individuais de prevenção sejam mantidas com rigor. O comunicado foi feito nesta terça-feira (3) durante coletiva on-line na sede da Prefeitura de São Paulo.

"Nós estamos acompanhando o movimento das variantes com toda a nossa rede. A partir de agora, vamos distribuir máscaras N95, que são mais adequadas para este momento da pandemia, para todos aqueles identificados como sintomáticos respiratórios e seus comunicantes. Inicialmente, serão 500 mil máscaras”, pontua o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, reforçando a necessidade de manutenção de todos os cuidados para evitar a transmissão do vírus.

A médica sanitarista Paula Bisordi, coordenadora do Núcleo de Vigilância de Doenças Agudas Transmissíveis da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa), explica que a cidade faz um monitoramento diário da doença.

O primeiro caso da variante delta notificado em São Paulo se deu no dia 5 de julho. Os primeiros sintomas foram registrados em 19 de junho. De lá para cá, a cidade registrou 22 casos confirmados.

"Se nós notarmos qualquer alteração importante, por exemplo, em uma faixa etária específica, podemos orientar para que medidas sejam tomadas. O importante é entender a circulação das cepas na cidade e de que forma elas vão impactar no padrão que a doença apresenta no município", afirma a sanitarista.

Dados disponibilizados pelos boletins internacionais revelam que a prevalência da variante delta ultrapassa 75% dos casos em países como Austrália, Bangladesh, Botswana, China, Dinamarca, Índia, Indonésia, Israel, Portugal, Federação Russa, Cingapura, África do Sul e Reino Unido. E as evidências apontam para o aumento da transmissibilidade em relação às variantes de não preocupação: alfa, beta e gama do coronavírus.

Recomendações
A recomendação para o controle da pandemia ainda é o mesmo: manter o uso correto das máscaras (cobrindo o nariz e a boca), distanciamento social, higienização de mãos e, principalmente, evitar aglomerações.

Ao apresentar qualquer de síndrome gripal, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde. Todos os casos suspeitos devem ser imediatamente notificados e investigados clínica e laboratorialmente. É necessário ficar em isolamento por no mínimo 10 dias e as pessoas de contato próximo também devem fazer quarentena de 14 dias.

A SMS também reforça ao público elegível não deixar de tomar a vacina contra a Covid-19 e para os que receberam um imunizante de duas doses, não deixe de buscar a segunda e completar o ciclo vacinal.

Barreiras sanitárias
Desde o dia 27 de maio, há cinco barreiras sanitárias instaladas no município. Localizadas no Aeroporto de Congonhas e nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara, até o dia 29 de julho, 328.440 pessoas foram abordadas nos postos de inspeção sanitária após desembarque, o que corresponde a 14.615 ônibus e 1.158 voos.

Ao todo, foram registrados 178 passageiros sintomáticos respiratórios. Até o dia 23 de julho, foram oito casos positivos verificados nessas barreiras. Além das medidas de contingência, a SMS realizou 562 ações educativas com 11.038 panfletos entregues.