Capital inicia vacinação contra a covid-19

Profissionais da linha frente da saúde serão os primeiros vacinados, seguidos das populações indígena e idosos residentes em Instituições de Longa Permanência

Em primeiro plano aparece uma caixa com os frascos da vacina contra a covid-19. Há várias outras caixas com as doses, onde está escrito antígeno do vírus inativado SARS-Cov-2

Doses da vacina do Butantan começaram a ser distribuídas nesta terça-feira (19) na capital (Fotos: Edson Hatakeyama)

 

A vacinação contra a covid-19 começou na cidade de São Paulo. As primeiras 203 mil doses da vacina do Butantan foram recebidas nesta terça-feira (19) e serão destinadas aos profissionais da linha de frente da saúde. Serão vacinados também 14 mil idosos residentes em Instituições de Longa Permanência (ILPI) e 1.800 indígenas.

Ao todo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai receber pelo menos 400 mil doses para, num primeiro momento, vacinar os profissionais que atuam na assistência direta a pacientes com covid-19 em hospitais (enfermarias e UTIs covid-19) públicos e privados, prontos-socorros, UPAs, AMAs, UBS (profissionais da ponta para atendimento de sintomáticos respiratórios) e os profissionais que trabalham no SAMU Resgate.

As doses dessa primeira remessa serão encaminhadas diretamente aos Serviços de Saúde, que farão a distribuição às unidades de Saúde para vacinação dos profissionais da linha de frente. No caso dos idosos residentes em Instituições de Longa Permanência, os agentes da SMS farão o deslocamento até as instituições de internação para a imunização desse público. Considerando a quantidade de doses a ser recebida nesta primeira fase, neste momento não será disponibilizada imunização ao público geral nas UBS ou em qualquer outro posto de vacinação.

O caminhão com as doses está estacionado. Na laterial do caminhão, em azul, está escrito A Vacina do Brasil. Do lado esquerdo tem o logo do Instituto Butantan, ao centro uma bandeira do Brasil, e do lado direito o emblema do Governo do Estado de São Paulo

Chegada das doses no Centro de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos da SMS

 

A expectativa é receber o restante das doses em até 15 dias para a segunda imunização dos profissionais, idosos e indígenas que receberam a primeira dose nesta terça-feira (19), totalizando as 400 mil doses de vacinas para a primeira fase. Assim que acontecer o recebimento de novas remessas do imunizante, num segundo momento, serão incluídos na campanha, de forma escalonada, os demais profissionais de saúde e outros públicos prioritários, como idosos acima dos 75 anos. A cidade de São Paulo tem 500 mil profissionais atuando nas redes pública e privada de saúde.

Plano estruturado
O município de São Paulo está com seu plano de vacinação estruturado para combater a pandemia da covid-19. O município vai mobilizar 27 mil agentes para a aplicação das doses, sendo 15 mil enfermeiros e 12 mil funcionários de apoio. Quinze milhões de seringas, 14 milhões de agulhas e os demais insumos necessários já foram adquiridos pela Secretaria Municipal da Saúde. A infraestrutura permitirá a imunização de até 600 mil pessoas ao dia.

Funcionários descarregam a carga de vacinas. Eles usam macacões azuis e as caixas estão protegidas por uma capa cinza. Várias pessoas observam no entorno

Primeira remessa de doses é descarregada no Centro de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos da SMS

 

Durante a campanha, São Paulo terá três mil pontos de vacinação, sendo mil postos fixos e dois mil postos satélites. Serão utilizados equipamentos de saúde como Unidades Básicas de Saúde (468 no total), hospitais, AMAs (Assistência Médica Ambulatorial), igrejas e outros locais estratégicos e com grande movimentação de pessoas como praças, shoppings, estações de metrô, terminais de ônibus e pontos comerciais, visando facilitar o acesso ao público-alvo da campanha.

A vacina é a única forma capaz de combater a ação do vírus, minimizar casos graves da doença e impedir mortes. Mesmo assim, se faz necessário o uso contínuo e correto das máscaras de proteção, a higienização constante das mãos e as medidas de distanciamento. Evitar aglomerações diminui consideravelmente a circulação do vírus e a infecção das pessoas.