Saúde na capital em 2020 foi além do combate à pandemia

Mesmo com o ano conturbado, a SMS entregou ao município equipamentos e inovações

A pandemia do novo coronavírus testou a capacidade de atendimento e soluções em saúde no mundo todo. Na capital paulista, o trabalho de enfrentamento à doença desenvolvido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foi exemplo a outras localidades do País.

Em São Paulo não houve colapso da saúde durante a pandemia. Houve planejamento com a criação dos hospitais de campanha do Pacaembu e do Anhembi, com um total de dois mil leitos de baixa complexidade (sendo 200 no estádio municipal e 1.800 no pavilhão de eventos), que atenderam quase oito mil pessoas.

A luta contra o coronavírus não impediu ainda que o período fosse de conquistas para a cidade na área da saúde. Pelo contrário, o enfrentamento da covid-19 gerou um legado permanente para a cidade, com mais profissionais e equipamentos incorporados definitivamente à estrutura municipal.

Em março, a capital paulista deu início à campanha de vacinação contra o vírus Influenza, a iniciativa imunizou 93,4% do público-alvo e facilitou o diagnóstico por covid-19.

Hospitais e equipamentos
Seis novos hospitais municipais foram inaugurados: Sorocabana, Brasilândia, Guarapiranga, Parelheiros, Bela Vista e Santo Amaro, além de dois anexos hospitalares – M’Boi Mirim e Menino Jesus (Sé) -, e uma grande reforma das instalações e estrutura do Hospital do Servidor Público Municipal, além de reformas em quase todos os hospitais municipais. Só de leitos de UTI, a cidade passou de 507 para mais de 1.300 no auge da pandemia. Hoje são cerca de mil leitos de UTI permanentes.

Fachada do Hospital Municipal da Brasilândia. Em primeiro plano está o portão na cor chumbo e ao fundo o hospital com algumas árvores. Do lado direito da foto há um totem onde está escrito Hospital Municipal da Brasilândia Adib Jatene e abaixo Prefeitura de São Paulo

Hospital Municipal da Brasilândia (Foto: Edson Hatakeyama)

 

Portas de entrada para o SUS, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) somam um total de 482 postos. Para 2021 estão previstas as inaugurações das unidades Pastoral, em Sapopemba, zona leste, e na zona sul a UBS Parque dos Búfalos, em Cidade Ademar, e a UBS Cidade Vargas, na região do Jabaquara, que passará a ser UBS Guarani/Vargas.

Em 2020, São Paulo ganhou ainda três novas Unidades de Pronto Atendimento. As UPAS Ermelino Matarazzo, Jaçanã e Tatuapé II já estão em funcionamento. O município conta com 15 UPAS, unidades que desafogam os pronto-socorros dos hospitais e otimizam e ampliam o atendimento de urgência e emergência.

Também foram inaugurados novos Centros de Apoio Psicossocial: CAPS IJ II Cidade Tiradentes, Cangaíba e Jardim São Luiz; o CAPS AD IV Redenção e o CAPS IJ III Aricanduva. O CAPS Adulto III Brasilândia foi reclassificado e existem mais três entregas previstas: os CAPS IJ III Mooca e Cidade Ademar e o CAPS IJ III Paraisópolis. A rede de saúde mental do município conta com 94 CAPS, sendo 30 deles Álcool e Drogas (AD), 32 Infanto-Juvenis e 32 Adultos.

SAMU
Até 4 de novembro foram contratados 371 profissionais para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU). São 55 médicos, 44 enfermeiros, 128 técnicos de enfermagem e 114 condutores.

O ano de 2020 também marcou o reforço na frota. De 70 veículos disponíveis no início do ano, o número de ambulâncias passou para 122, com modelos mais moderno e confortáveis, com adaptações para obesos e pacientes de covid-19.

Quatro pessoas estão trabalhando numa bancada com separações em baias. Sobre as mesas há computadores e telefones. Do lado direito, acima, há três televisores

A nova central de regulação do SAMU (Foto: Edson Hatakeyama)

 

Em outubro de 2020, a Central de Regulação do SAMU, que recebe todos os telefonemas do 192, mudou de endereço, para um prédio próximo à antiga Central. No novo prédio há mais 52 médicos plantonistas, três áreas de descompressão para relaxamento dos funcionários, refeitório e postos de trabalho amplificados. O investimento na reforma foi de R$ 1,8 milhão. Com realocação das equipes, o número de bases subiu de 58 para 83 pontos de apoio.

Inovação
A gestão adotou definitivamente a tecnologia como ferramenta de atendimento e criou o aplicativo e-SaúdeSP, que dá portabilidade de exames e atendimentos para os cidadãos de São Paulo. Além de um sistema de teletriagem específico para a covid-19.

O aplicativo lançado em junho de 2020 permite a integração de prontuários dos pacientes do SUS deixando o histórico de consultas, exames e receituários na palma da mão. Uma revolução digital que coloca o município na vanguarda da telemedicina.

Cuidados com os animais
São Paulo inaugurou em agosto de 2020, na zona sul da capital, o seu terceiro hospital municipal para o atendimento de animais domésticos e também lançou o Cartão Cuida Bem Idoso, que garante atendimento vitalício aos animais adotados na Cosap (Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico).

Centro cirúrgico do Hospital Veterinário da Zona Sul. Do lado esquerdo está a mesa com instrumentos. Ao centro, a mesa de cirurgia e do lado direito equipamentos como monitor e cilindro de oxigênio

Uma das salas de cirurgia do Hospital Municipal Veterinário da zona sul (Foto: Edson Hatakeyama)