Agentes Comunitários de Saúde atuam para prevenção e promoção da saúde

Município conta com 8.942 agentes que atuam nas Equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), Consultório na Rua e Redenção na Rua

Fortalecer o elo entre a comunidade e as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS): este é um dos papéis dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que comemoram o seu dia em 4 de outubro. No município de São Paulo há 8.942 agentes. Desse total, 8.783 atuam nas Equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) e 159 atuam nas equipes de Consultório na Rua e Redenção na Rua.

De acordo com a responsável pela área técnica de Estratégia Saúde da Família da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Silvana Kamehama, esses profissionais fortalecem esse elo entre comunidade e UBS com informações às equipes sobre as condições de vida das pessoas, famílias e comunidade. “Os agentes também orientam a comunidade para utilização dos serviços de saúde e atividades de promoção e prevenção das doenças e agravos”, disse.

As contratações dos ACS são realizadas pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS), por meio de processo seletivo regional. Silvana destaca ainda que o conhecimento que os agentes têm do território é fundamental para o trabalho. “O conhecimento do território contribui na elaboração de estratégias para a melhoria da qualidade do trabalho desenvolvido pela Atenção Básica”, afirmou Silvana.

“Nós fazemos a diferença na vida das pessoas”

#PraCegoVer: Rita fez uma selfie. Ela é loira, tem cabelo curto e está numa sala com uma estante de livros ao fundo.

Há 11 anos e três meses, Rita Aparecida de Souza Furlan, de 62 anos, trabalha como ACS na UBS Vila Pirituba, na Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte. Para ela, contribuir para que as pessoas tenham acesso às ações e serviços de saúde é uma atividade prazerosa.

“Sinto um prazer imenso em saber que meu trabalho faz parte da vida de um ser humano. Em saber que meu trabalho pode amenizar dores, trazer alegria e, até mesmo, evitar que a pessoa tente algo contra a própria vida, além de diminuir um risco de adoecimento”, afirmou Rita.

“É uma profissão muito humana. Temos uma visão ampliada e especial de cada paciente”

#PraCegover: Maria Clara está em pé e sorri, com as mãos dentro do bolso do colete azul de Agente Comunitário de Saúde. Atrás dela há uma porta da cor bege que está fechada.

Maria Clara Gomes da Silva, de 42 anos, atua na UBS Jardim Mitsutani, na CRS Sul, há nove anos e 11 meses. Ela relatou sentir-se muito importante e valorizada. “Sinto-me muito importante e valorizada, não só pelos pacientes, mas também no meu trabalho. Sou retribuída por ambos de forma muito positiva”, afirmou.

Entre as atribuições de Maria Clara estão a coleta de informações dos pacientes com o objetivo de conhecer a realidade de cada um e o cadastro deles na unidade. “Muitas vezes, nos sentimos psicólogos ou até mesmo filhos. É uma profissão muito humana, pois temos uma visão ampliada e especial com cada paciente, é uma troca de conhecimentos. Um laço que vai além do profissionalismo”, disse a ACS.

“Sou muito feliz pelo trabalho que realizo e por colaborar com a melhor saúde de toda comunidade”

#PraCegoVer: Jorge está em pé e sorri. Usa o colete azul de Agente Comunitário de Saúde. Atrás dele há uma parede branca.

Jorge Gutierrez Lopes, de 63 anos, é boliviano e atua na UBS Bom Retiro, na CRS Centro, há 14 anos. Segundo Lopes, a missão dele foi aproximar a comunidade boliviana da unidade. Os profissionais da UBS encontravam muita dificuldade para entender o idioma, a cultura e os hábitos dessa população. Por outro lado, havia também, por parte da comunidade boliviana, desconfiança com relação aos profissionais adentrarem as oficinas de costura e as residências, para orientações de saúde.

De acordo com Lopes, ele em parceria com mais três ACS bolivianas conseguiram articular e acessar a comunidade. “Fomos facilitadores para outros profissionais acessarem as residências e os locais de trabalho. Hoje, temos bons resultados de saúde e vínculo com todos. A UBS Bom Retiro é referência para todos da comunidade latina, abrimos muitas portas” comentou.

“Sou muito feliz pelo trabalho que realizo e por colaborar com a melhor saúde de toda comunidade. Gosto muito de aprender e repassar essas informações a quem precisa”, finalizou Lopes.

“Trabalho satisfeita porque gosto do que faço

#PraCegoVer: Maria está em pé e sorri. Ela é loira e tem o cabelo na altura dos ombros. Usa o colete azul de Agente Comunitário de Saúde. Atrás dela há uma parede branca.

Há 16 anos e quatro meses, Maria de Lourdes Aparecida Frondola, de 51 anos, atua como ACS na UBS Iaçapé, na CRS Sudeste e foi uma das agentes que participou da implantação da Estratégia Saúde da Família na unidade.

E, mesmo depois desse tempo, Maria sente-se realizada em ser ACS. “Sinto-me realizada por ter a oportunidade de compreender as pessoas, buscando novos conhecimentos, tendo mais sensibilidade e percepção”, disse. A agente acrescenta ainda que é atividade é um aprendizado constante, onde oferece e recebe atenção. “Mesmo às vezes tendo frustrações, vale a pena ser agente comunitário de saúde. Trabalho satisfeita porque gosto do que faço”, finalizou Maria.

"Me sinto motivada pelo trabalho que realizo diariamente e pelo retorno que tenho da comunidade"

#PraCegoVer: Agente de saúde está em pé, com um guarda-chuva na mão direita e ao redor dela há casa improvisadas de madeira, com o chão de terra.

Joana Firme Guerra, 61 anos, atua como ACS há 17 anos, promovendo ações de cuidados à saúde e a prevenção de doenças na UBS Jardim Nossa Senhora do Carmo, na CRS Leste.

Seu trabalho é norteado pela responsabilidade e ética, exercendo-o com empatia e amor para aqueles que precisam de uma atenção especial, como as gestantes, menores de 1 ano, hipertensos, idosos e outros grupos sociais. Figura conhecida pelos moradores locais, a agente realiza mensalmente cerca de 200 visitas domiciliares às famílias cadastradas, sempre disposta a ajudar sua comunidade.

Sobre seu trabalho, Joana se diz "feliz por acompanhar as melhorias que aconteceram, tanto na UBS como na comunidade com apoio do meu trabalho, feito com amor ao longo dos anos".